A Guarda recebeu na última semana o estágio da equipa sub-18 de andebol do Futebol Clube do Porto, onde joga o guardense Gonçalo Torres. O atleta, de 17 anos, esteve em destaque neste regresso à cidade mais alta agora vestido de azul e branco e defrontou os antigos colegas do Guarda Unida.
«Estar de volta a casa é um sentimento muito bom, especial, tanto mais que joguei com os meus antigos colegas de infância», assumiu Gonçalo Torres, que está no Porto há cinco, tendo sido contratado em julho último para os sub-18. «Continuo a estudar na Guarda, treino de vez em quando com o Guarda Unida para jogar ao fim de semana», adiantou o atleta, que espera chegar «onde for possível» na modalidade. «Sinto que sou capaz, mas ainda há muito trabalho pela frente», considerou o jovem, que tem no irmão Alfredo Torres, andebolista do Madeira SAD/ Marítimo, mais do que uma referência, é «uma inspiração, o meu orgulho, o meu herói».
Em termos desportivos, o estágio incluiu um jogo com o Guarda Unida no sábado, no pavilhão municipal de São Miguel, em que os portistas derrotaram os guardenses 43-20 (20-9 ao intervalo). No final, o técnico anfitrião, Ricardo Guerra, destacou a importância destes jogos com equipas de referência na modalidade: «Já tivemos outros iguais, mas terá sido o jogo com mais impacto para o clube e para os atletas a nível desportivo e emocional. É uma partida que fica mais pela aprendizagem para os nossos jogadores, até porque lançamos três atletas de 13 e 14 anos na equipa que tiveram a oportunidade de contactar com estas equipas mais competitivas», disse o técnico.
Esta época, os sub-18 do Guarda Unida voltam a competir no campeonato regional da Associação de Andebol do Porto, onde esperam ser promovidos à fase nacional do escalão, apesar das distâncias a percorrer para jogar. «É um campeonato muito difícil, muito competitivo, com muitos quilómetros a percorrer de quinze em quinze dias, porque as esquipas de Viseu ficam todas a mais de 70/ 80 quilómetros da Guarda. Noutros anos conseguimos ser campeões nesta fase regional, mas desta vez só ambicionamos conseguir qualificar-nos para a fase nacional», admitiu Ricardo Guerra.