O Paço da Cultura, na Guarda, acolhe até 24 de março uma exposição antológica de Carlos Adaixo que reúne obras antigas e quadros mais recentes.
Intitulada “O Tempo que passa, a Arte que fica”, a mostra revela na primeira sala alguns (seis) dos seus trabalhos iniciais e reserva para as duas seguintes cerca de uma dezena de pinturas do último ano e meio. A diferença de técnicas e estilos entre as duas fases da obra do artista plástico salta à vista. «Sou um pintor compulsivo. Pinto por impulso, vontade, e não por necessidade», disse na abertura da exposição, realizada na sexta-feira. Na ocasião, Carlos Adaixo confidenciou não ter pintado nada «durante quatro ou cinco anos», mas nos últimos dois anos foi acometido de «uma compulsão violenta e atirei-me às telas». O resultado pode ser visto em quadros de grandes dimensões, onde sobressaem cores vivas, linhas e formas geométricas. Pintor autodidata, Carlos Adaixo, professor de Filosofia e Psicologia no ensino secundário, escritor e colaborador na imprensa regional, expõe regularmente desde 1989, cumprindo atualmente trinta anos de carreira.
Ali ao lado, o Museu da Guarda acolhe até 25 de maio outra exposição de pintura, da autoria de Pires Vieira. “Geometrias I & II e outros objetos pictóricos, 2009/2018” reúne obras representativas de diferentes séries pintadas pelo artista plástico do Porto, atualmente radicado no Estoril, nos últimos dez anos. O pintor estudou na Escola Nacional de Belas Artes de Paris, bem como na Universidade de Paris VIII, e expõe desde os anos 70 do século passado. As duas mostras têm entrada livre.
Pintura: A arte de Carlos Adaixo no Paço da Cultura
