Cultura

Noite de memória e história com “Abril no Altitude – A Revolução passou pela Rádio” no TMG

Escrito por Luís Martins

A Revolução passou pela Rádio Altitude e pelo palco do grande auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG) este sábado à noite.

O evento organizado no âmbito dos 75 anos da emissora local mais antiga do país e dos 49 anos do 25 de Abril teve música, dança e poesia. Mas também o testemunho de Abílio Curto, antigo presidente da Câmara da Guarda e colaborador do ALTITUDE, António José Dias de Almeida, professor aposentado antigo colaborador do ALTITUDE e José Manuel Mota da Romana, professor universitário jubilado e antigo colaborador do ALTITUDE.

A tertúlia foi conduzida por Albino Bárbara, colaborador do ALTITUDE, voltou atrás no tempo, recordou o antes e o logo a seguir à “Revolução dos Cravos”, e sobretudo a influência e importância que a emissora tinha na sociedade guardense e do distrito.

Ciente desse estatuto, o MFA mandou ocupar a rádio, que foi a única instituição “ocupada” no distrito da Guarda pelos militares na manhã de 25 de Abril de 1974 e nos meses que se seguiram, para precaver que as forças contrarrevolucionárias, a existirem, tomassem conta da emissora. A esse propósito, ouviu-se de nova uma entrevista do jornalista Francisco Carvalho ao então alferes José António Pardalejo, que “vigiou” as emissões da rádio guardense no pós-25 de Abril.

O evento “Abril no Altitude – a Revolução passou pela Rádio” incluiu um momento musical por Maria Lucas (voz) e Daniel Lucas (piano) e a atuação da Escola de Ballet do Centro Cultural da Guarda, com uma coreografia de Teresa Pais.

A noite terminou com a poesia de Manuel Alegre, Ary dos Santos e António Gedeão, declamados pelo estreante grupo de intervenção cultural “Reflexo Imperfeito”, formado por Albino Bárbara, Alexandre Gonçalves, Daniel Lucas, Luís Baptista-Martins e Pedro Correia. Também não faltou “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso, cantando em uníssono pelos intervenientes numa noite de memória e para recordar num grande auditório praticamente esgotado.

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Luís Martins

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