Cultura

Cristina Ataíde e Evelina Coelho em destaque no SIAC

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Escrito por Luís Martins

Simpósio Internacional de Arte Contemporânea termina este domingo no Museu da Guarda com a exposição final das obras produzidas durante a iniciativa

O Simpósio Internacional de Arte Contemporânea (SIAC) está a decorrer na Guarda até domingo sob o tópico “O Laboratório da Saudade”, para evocar o centenário do nascimento do pensador Eduardo Lourenço.
Desde quinta-feira que têm sido realizadas oficinas de desenho e gravura, bem como escultura e pintura ao vivo, performance teatral em diferentes espaços da cidade, do museu à Torre de Menagem, passando pela antiga sede da Associação Comercial e pela capela do Solar das Póvoas, junto à Praça Velha. Esta quinta-feira vai ser inaugurada a exposição retrospetiva de Evelina Coelho (1945-2013), que fica patente na galeria que o seu nome. A par de obras da pintora guardense, poderá ser apreciado o resultado do desafio lançado pelo museu a artistas plásticos nacionais e internacionais, alguns deles com raízes na região, para se inspirarem na Guarda e em Eduardo Lourenço.
A sétima edição do SIAC começou com a abertura da exposição “Todas as Montanhas”, da consagrada Cristina Ataíde. «Se estou na cidade mais alta de Portugal, na maravilhosa Serra da Estrela, obviamente que tinha que trabalhar com montanhas. É um lugar onde me sinto particularmente bem e há muitos anos que trabalho sobre montanhas e os elementos. É algo que simboliza muito a nossa vida, o nosso percurso, o que fazemos e o que nos propomos fazer para, no fim, atingirmos, o cume», disse a pintora, antes de fazer uma visita guiada pelos quadros e instalações escolhidas para a Galeria João Mendes Rosa, criador do Simpósio em 2016.
Organizado pelo município, o evento termina no domingo e conta este com a participação de 13 artistas plásticos nacionais, quatro dos quais com raízes na cidade mais alta, e estrangeiros. Nesse dia (15 horas) será inaugurada no museu a exposição final com as obras produzidas durante o SIAC pelos pintores Lino Damião (Angola), José António Del Castillo Martin (Espanha), Luís Herberto (Portugal), Jos van den Hoogen (Holanda) e os escultores Ricardo Gigante (Portugal) e Daniel Gamelas (Portugal). Na área da gravura participam Sónia Cabelo García (Espanha) e Agostinho da Silva (Portugal), além da ceramista Ana Marques Loureiro (Portugal), enquanto Sérgio Lemos (Portugal) e Catarina Flor (Portugal) trabalharam na instalação e o guardense Desy CXXIII a arte urbana. No sábado (18 horas), a programação do SIAC inclui o concerto da Orquestra Clássica do Centro na Sé da Guarda.
Para Sérgio Costa, presidente do município, o SIAC é «uma marca consolidada e importante» da Guarda, onde «as pessoas têm a oportunidade de ver artistas plásticos a trabalhar ao vivo». Na abertura do Simpósio, o autarca salientou que o número de visitantes ao museu aumentou «20 por cento até outubro», enquanto os participantes nas visitas encenadas realizadas na Primavera e no Verão «mais que duplicaram». «Isto quer dizer que estamos no caminho certo de atração de mais público ao museu e às suas atividades», afirmou o edil guardense.

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Luís Martins

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