Cara a Cara

«Espero que o novo presidente do IPG consiga atrair mais estudantes e que reformule as falhas em relação ao alojamento e aos transportes»

Escrito por Jornal O Interior

P – Quais são os seus projetos para Associação Académica da Guarda (AAG)?
R – No presente ano letivo e, de acordo com o nosso plano de campanha, já executamos projetos como tertúlias, abertura diurna do Bar Bacalhau, com o intuito de atrair e aproximar os estudantes, realizamos a Semana do Caloiro, que voltou a ser no pavilhão do estádio municipal. Futuramente, visto ainda só estamos no primeiro trimestre do mandato, pretendemos continuar os festejos do 30º aniversário da AAG, realizar atividades como palestras direcionadas aos estudantes, continuar e reforçar a integração dos estudantes estrangeiros (PALOP’s e de Erasmus), entre outras atividades que só poderão ser reveladas num futuro próximo.

P – O passivo da AAG continua elevado. Qual é o valor neste momento, o que vai fazer para o reduzir e onde vai buscar o dinheiro?
R – Neste momento o passivo da AAG encontra-se nos 30 mil euros e tem sido abatido pelas direções anteriores. O nosso objetivo primordial é continuar a reduzi-lo. Para isso temos que continuar a realizar atividades que ajudem a abater este passivo. Contamos com a ajuda de todos para este fim, realçando o apoio da Câmara da Guarda, do IPDJ e do IPG.

P – Quais são as principais carências/problemas dos estudantes do IPG?
R – Um dos problemas principais, embora tenhamos menos entradas este ano, continua a ser o alojamento. As residências disponibilizadas pelo IPG continuam com uma grande lacuna no que toca ao número de camas disponíveis. Os estudantes também têm uma grande dificuldade com os transportes, tendo em conta que as residências estão a uma distância considerável do campus do Instituto e só há um autocarro a passar de manhã e outro ao final da tarde à entrada do IPG, que ainda dista algumas centenas de metros do campus.

P – O que faz a AAG além da Semana do Caloiro e da Semana Académica?
R – Como foi respondido numa questão anterior, a AAG realiza ao longo do ano várias atividades para a comunidade estudantil, inclusive festas no Bar Bacalhau com o intuito de promover a interação entre os estudantes.

P – E como vê o Politécnico, num ano em que o IPG foi a instituição de ensino superior com a maior redução de novos alunos apesar dos cortes de vagas nas instituições do litoral?
R – Convictamente achamos que a presidência do IPG terá que repensar nas suas estratégias de atração para o próximo ano letivo. Porém, como Associação Académica, acreditamos que o esforço de atrair novos alunos não cabe somente ao Instituto. Achamos que também devemos de ter um papel ativo, mas isto só será possível quando a cidade e todas as suas instituições fornecerem condições e total apoio ao nosso Instituto. Relativamente ao corte das vagas, embora tenha servido de incentivo à redução de alunos nas grandes cidades (Lisboa e Porto), os alunos continuaram a ter preferência por cidades academicamente mais afamadas (Coimbra, Aveiro, etc).

P – O que espera do novo presidente do Instituto Politécnico da Guarda?
R – A AAG espera que o novo presidente mantenha uma boa relação connosco, como tem acontecido, tirando talvez estas últimas semanas em que aconteceram coisas menos próprias. No entanto, esperamos que consiga atrair mais estudantes para o Politécnico e que, para tal, reformule as falhas em relação ao alojamento e aos transportes. Esperamos também que a nova presidência procure a AAG para todos os projetos que pretende desenvolver ao longo do seu mandato.

 

Perfil:

Presidente da Associação Académica da Guarda

Idade: 24 anos

Profissão: Estudante de Engenharia Informática

Naturalidade: Oliveira do Hospital

Currículo: CET em Instalação e Manutenção de Redes e Sistemas Informáticos e atual aluno da licenciatura de Engenharia Informática na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG

Sobre o autor

Jornal O Interior

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