Cara a Cara

«Com união tudo vamos fazer para manter o que está bem e melhorar o que está mal»

Cara A Cara
Escrito por Efigénia Marques

P – Quais são as suas prioridades/ projetos para a Casa do Benfica da Guarda?
R – Para além das equipas desportivas que já temos, em parceria com a Academia “Os Sanchos”, nas modalidades de voleibol, basquetebol, kempo, boxe, judo, futsal, atletismo, ciclismo e BTT, iremos brevemente criar a seção de pesca desportiva. No basquetebol já estamos a participar no Campeonato do Centro sub-16 feminino. Nas restantes modalidades estão actualmente abertas as inscrições para a prática. As nossas prioridades para este ano são organizar o 1º passeio motard “Casa do Benfica na Guarda/Cidade da Guarda/Terras do Demo” no próximo dia 21 de maio; o 7º passeio de viaturas clássicas (17 de abril) e a excursão ao Benfica-Estoril (20 de março), jogo dedicado às Casas do Benfica. Iremos igualmente realizar, em datas a designar, concertos com os Prós & Contras, Virgílio Faleiro e Augusto Canário e a sua banda.

P – Disse que tenciona iniciar a renumeração dos sócios, porquê? Quantos são atualmente?
R – Temos neste momento 510 sócios, dos quais 177 pagantes – no meu entender, foi derivado a ter havido duas listas candidatas aos órgãos sociais. Até dezembro de 2021, tínhamos à volta de 80 sócios pagantes, razão pela qual temos nas nossas primeiras prioridades a renumeração dos sócios. Isto porque consideramos que é preferível termos 150 ou 200 sócios que paguem as quotas do que termos mais sem pagar as quotas.

P – Como está o projeto “Casa 2.0”, anunciado pela anterior direção?
R – Esse assunto é da responsabilidade do Sport Lisboa e Benfica. A anterior direção e a actual não têm qualquer informação sobre isso, a que existe dada pelo clube é que, devido à situação pandémica provocado pela Covid-19, este projeto estava parado. Brevemente iremos solicitar uma reunião aos dirigentes do Sport Lisboa e Benfica com o pelouro das Casas e Filiais para abordar este e outros assuntos.

P – O seu adversário nas últimas eleições falou na existência de uma dívida de 8 mil euros. Confirma este valor? A que se deve?
R – Não é verdade. A dívida a que se refere é um empréstimo bancário que ronda não mais que seis mil euros e que foi contraído para liquidar dívidas a fornecedores e a ex-dirigentes que adiantaram dinheiro. Algumas destas dívidas vieram da direção anterior à direção cessante em 2 de março, mas que foram assumidas na altura. Existe uma dívida a um restaurante da cidade, que ronda os 1.500 euros, tendo uma instituição pública da Guarda prometido um subsídio de valor idêntico, o que até hoje não aconteceu. A anterior direção conversou com o proprietário do restaurante, tendo o mesmo participado em reuniões com a sua antecessora e a referida entidade. Esta direcção recém-eleita vai marcar uma reunião com o proprietário do restaurante para chegarmos a um acordo para liquidar a referida dívida. No Plano de Atividades apresentado aos sócios, tanto em 2020 como em 2021, com as iniciativas programadas, era objetivo da anterior direção liquidar estes valores, mas devido à pandemia não nos foi possível realizar qualquer das atividades programadas, exceto as de cariz comemorativo.

P – Deve ser das poucas mulheres a presidir a uma Casa do Benfica, o que acha que pode aportar ao seu funcionamento?
R – Tenho conhecimento de mais mulheres a presidir a Casas do Benfica. Como fiz parte da direção anterior enquanto vice-presidente, adquiri experiência e conhecimentos. Se antes já amava o Benfica, depois desta experiência no associativismo, e como sou uma mulher de garra e adorei esta experiência, decidi, depois de conversar com os sócios que me acompanham, que era o momento para este desafio. Temos um projeto que apresentámos aos sócios e as pessoas que decidiram acompanhar-me têm experiência no associativismo. Com união tudo vamos fazer para manter o que está bem e melhorar o que está mal.

P – Quem são os restantes elementos dos novos órgãos sociais?
R – Armando Gomes, um dos principais obreiros da reabertura da Casa do Benfica na Guarda, preside à mesa da Assembleia-Geral (AG), tendo como vice-presidente Carlos Pina, um dos principais fundadores da Casa do Benfica na Guarda, a 24 de junho de 1994. O primeiro secretário é Paulo Fonseca e o segundo é José Manuel Marques António. Horácio Melo de Carvalho, delegado regional do SL Benfica, é o presidente do Conselho Fiscal e Orlando Cabral é o secretário, enquanto José Manuel Silva é o relator. Os vice-presidentes da direcção são Jorge Menoita, Marta Silva, Luís Santos e Luís Marques. Já os diretores são João Caramelo (departamento jurídico), Manuel Nicolau, Marco Ramos e Roberto da Fonseca. Alguns sócios disponibilizaram-se para trabalhar com a nova direção e serão propostos em AG para integrarem comissões, são eles: Ivo Gonçalves, André Gonçalves, Carla Pinto, Diogo Bidarra, Marco Grilo, Elsa Mendes, Vítor Garcia, Paulo Mimoso e Alexandre Garcia.

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VERA CARVALHO

Recém-eleita presidente da direção da Casa do Benfica da Guarda

 

Sobre o autor

Efigénia Marques

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