P – Porque razão decidiu candidatar-se à direção da AAUBI?
R – Uma candidatura desta exigência revela a necessidade de alguma ponderação. Com base no trabalho desenvolvido ao longo deste mandato e acumulando a experiência do associativismo, vi-me na obrigação de avançar com uma candidatura séria. Uma candidatura dos estudantes para os estudantes. A necessidade de dar continuação a inúmeros projetos iniciados este ano, como a redução do passivo financeiro, a reestruturação e a aposta no desporto universitário e federado, e a aproximação aos núcleos integrantes da AAUBI, foram fatores chave para avançar. Acredito que tenho as motivações certas para levar este projeto a bom porto.
P – Quais as suas propostas mais relevantes?
R – Os principais focos para o próximo mandato passarão por uma reestruturação e renovação de unidades e equipamentos da instituição com o intuito de poder tornar a sede da AAUBI num espaço mais atrativo e atraente para os estudantes. A aproximação aos núcleos de estudantes e culturais integrantes da AAUBI, com apoio financeiro personalizado e formação específica e adaptada, e a estabilidade financeira e a redução do passivo financeiro foram bandeiras do atual mandato, no entanto, é necessário continuar esse trabalho e ambicionar ir mais longe neste aspeto. O ano de 2020 estará marcado pela receção nos municípios da Covilhã e Fundão das Fases Finais dos Campeonatos Nacionais Universitários, com a organização da AAUBI, por isso parece-me ser o momento adequado para se proceder a uma reestruturação e ao mesmo tempo fazer uma aposta no desporto universitário e federado, nomeadamente, com a modernização dos equipamentos desportivos. O próximo ano ficará também marcado pela realização do Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA), em março.
P – De que forma pretende fazer essa «reestruturação» do desporto académico que referiu?
R – O desporto universitário tem sido uma grande marca da nossa academia nos últimos anos, nomeadamente com a conquista de medalhas e classificações honrosas em campeonatos nacionais e europeus, e a aposta em projetos federados. No nosso mandato pretendemos continuar o trabalho de excelência que tem vindo a ser feito, através de uma organização competente e diferenciadora das fases finais dos Nacionais universitários, e pretendemos ainda proceder a uma “reestruturação” do desporto académico. Numa primeira instância essa intervenção passará por uma análise objetiva e crítica dos resultados obtidos pelas equipas nas diferentes modalidades. Serão tidos em conta parâmetros como o número de novos atletas que integram a modalidade de ano para a ano, a projeção de progressão da própria equipa e, naturalmente, os investimentos e custos associados a cada equipa.
P – Como avalia o mandato que agora termina, de Afonso Gomes?
R – A AAUBI fez no passado mês de novembro 31 anos de existência, sendo uma estrutura que tem criado impacto na comunidade e tem demonstrado ser uma das maiores instituições da nossa região! O trabalho contínuo por parte dos estudantes nos últimos anos, e no último mandato, liderado pelo Afonso Gomes, não foi diferente, têm sido um contínuo crescimento e contributo para uma AAUBI cada vez mais forte e coesa.
P – Esta não é a sua estreia no associativismo académico. Foi até agora tesoureiro da AAUBI e, durante dois anos, presidiu ao Núcleo de Estudantes de Gestão da UBI – UBIGEST. Na sua opinião, de que forma este tipo de envolvimento pode enriquecer a experiência dos estudantes? É algo que incentiva?
R – Sim, sem dúvida. O Núcleo de Estudantes de Gestão da UBI (UBIGEST) foi o meu primeiro contacto direto com o associativismo, passando no primeiro ano pelo Departamento Cultural do Núcleo e nos dois anos seguintes como presidente do mesmo, valorizo bastante esta passagem e recomendo todos os ubianos a darem o seu contributo ao núcleo de estudantes do seu curso. A experiência como tesoureiro da “Casa Azul” foi fundamental e bastante enriquecedora ao nível de competências técnicas e de trabalho em grupo. No fundo, considero que nos últimos anos conheci e senti a estrutura num todo.
Perfil de Ricardo Nora:
Presidente eleito da AAUBI
Idade: 23 anos
Naturalidade: Sé Nova, Coimbra
Currículo: Licenciado em Gestão pela UBI, mestrado em Engenharia e Gestão Industrial, presidente da direção do UBIGEST em 2016 e 2017, coordenador geral do Encontro Nacional de Estudantes de Economia e Gestão (ENEEG) em 2018 e tesoureiro da direção da AAUBI em 2019. Foi membro do Conselho Geral da UBI e membro do Conselho Pedagógico da Faculdade de Engenharias da UBI, também em 2019.
Livro favorito: “Ensaio sobre a Cegueira”, de José Saramago
Filme favorito: “Amigos Improváveis”, de Olivier Nakache e Éric Toledano