ALEXANDRE MONTEIRO GUILHOTO
Idade: 36anos Naturalidade: Lapa (Lisboa) Profissão: Assistente operacional Currículo (resumido): Curso de Técnico de Informática Nível 3 e Curso de Multimédia Nível 4; Foi sócio-gerente de loja de bicicletas GarBike durante 12 anos; Trabalha atualmente na ULS Guarda como assistente operacional Filme preferido: “Matrix” Livro preferido: “A Mais Alta Solidão”, de João Garcia Hobbies: Ciclismo, BTT, Enduro, Escalada, Karaté, Caminhada em montanha, Trail, SIM Racing.«A VICEG é um “bloqueio” à circulação dos ciclistas na Guarda, a ciclovia poderá ser uma excelente alternativa»
P – O que é que faz neste momento o Clube de Ciclismo da Guarda? Quantos sócios tem?
R – O Clube de Ciclismo da Guarda dedica-se à divulgação e promoção do ciclismo e BTT na Guarda, quer com atividades próprias ou apoiando iniciativas de outras entidades que estejam relacionadas com estas modalidades. O nosso objetivo é incrementar o número de praticantes, com foco especial nos mais novos. Temos programados vários treinos mensais, como os BTTécnicos, que são treinos em que toda a gente pode participar e cujo objetivo é aprofundar a técnica do BTT. No Verão iremos ter semanalmente treinos noturnos de ciclismo. Neste momento ultrapassámos a barreira dos 100 sócios e pretendemos continuar a aumentar.
P – Quais são as atividades que pretende realizar durante o mandato?
R – Uma delas já foi realizada, as “3H Resistência BTT – Cidade da Guarda”, onde obtivemos um “feedback” excelente da parte dos praticantes, moradores e patrocinadores. Foi uma festa de BTT que a cidade da Guarda pôde vislumbrar e é uma atividade que pretendemos que continue no calendário nos próximos anos. Neste momento temos em perspetiva uma competição que é vulgarmente conhecida como “Gran Fondo”, ou seja, uma prova de ciclismo amadora para todos os praticantes e amantes da modalidade. Contudo, é um evento completamente diferente, pois, a nível de organização, é mais pesado financeira e logisticamente. Para além disso, gostaríamos de avançar com o projeto da “Escolinha de Ciclismo”, que é essencial na promoção e divulgação do BTT/ciclismo junto dos mais novos.
P – Cinco anos depois da fundação do clube, já foi criada a equipa de ciclismo?
R – Foram cinco anos, dois dos quais em pandemia, o que dificultou muito a nossa tarefa! Já tivemos equipa de BTT, mas neste momento não faz parte dos objetivos da atual direção criar uma equipa de ciclismo/BTT, o que não quer dizer que não possa ser uma realidade a longo prazo. Neste momento temos um grupo de sócios que apoiamos no enduro com o objetivo de promover esta vertente do ciclismo e apoiamos também todos os sócios que queiram participar em qualquer evento, desde que usem a “jersey” e o nome do CCG.
P – Por que não foi ainda criada essa equipa?
R – É necessário o CCG ter uma maior maturidade, mais solidez financeira e sobretudo uma sede, isso é fundamental para a evolução do clube como uma entidade dinamizadora do ciclismo e do BTT. Além disso, considero que é necessário envolver mais os praticantes em torno do CCG e isso é algo que tem que se trabalhar e leva o seu tempo.
P – A Câmara da Guarda iniciou a obra da ciclovia, acha que será uma infraestrutura útil para os apreciadores do ciclismo?
R – É uma obra apreciada pelos ciclistas e será uma obra útil para os praticantes da modalidade, uma vez que existe na nossa cidade um “bloqueio” na circulação dos mesmos que se chama VICEG e a pedovia/ciclovia poderá ser uma excelente alternativa. Mas considero um passo mais importante do ponto de vista da mobilidade, e aí sim é algo que faz realmente sentido e que considero essencial e dinamizador para a nossa cidade. Contudo, é necessário ter consciência que ainda não temos uma cultura de utilização da bicicleta como meio de transporte, mas podemos muito bem estar à beira de uma mudança importante no que diz respeito a uma cultura comodista dos guardenses, muito por culpa do galopante preço dos combustíveis e também graças à eletrificação das bicicletas, o que facilita em muito a sua utilização na cidade devido ao nosso acentuado relevo.
P – A Guarda é um dos concelhos com mais trilhos para a prática de BTT, acha que deviam ser mais divulgados? O Clube de Ciclismo pode contribuir para essa divulgação?
R – Sim, é essencial para nós divulgar o vasto leque de trilhos que o concelho tem. Nesse sentido já colaborámos com o município com ideias e trajetos para a criação do Centro de Cyclin’Portugal, que já está pré-homologado e irá nascer brevemente na nossa cidade. Será nossa missão divulgar este centro com o objetivo de trazer mais praticantes à Guarda para desfrutar dos nossos belíssimos trilhos. Por outro lado, participamos ativamente na limpeza e manutenção dos trilhos duas vezes ao ano, algo que é essencial para se manterem cicláveis.
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