Cara a Cara

«A responsabilidade social ocupa cada vez mais espaço na agenda das empresas, e esse foi também o espírito desde o início da nossa existência»

Cara A Cara
Escrito por Efigénia Marques

P – A campanha já decorre há 14 anos que balanço pode fazer? R – As empresas ocupam um espaço que vai muito além da geração de riqueza e emprego. Com os valores e com a confiança que a nossa marca adquiriu, desde 1998, utilizamos a nossa influência política e social para tentar transformar realidades por meio desta ação “1 GESTO,1 SORRISO”. Temos conseguido devolver sorrisos, ano após ano, a centenas de crianças, com quem nos temos cruzado nos últimos 14 anos, sendo por isso o balanço absolutamente positivo.

P- Como surgiu esta ideia? R- A responsabilidade social ocupa cada vez mais espaço na agenda das empresas, e esse foi também o espírito desde o início da nossa existência, assumindo-nos como uma marca séria e comprometida com a sociedade. Ser pai de três filhas, nascidas na cidade da Guarda, juntamente com o facto de sempre ter gostado de crianças, sensibilizou-nos, a mim e à empresa, para esta iniciativa social, em que nos envolvemos nós, os nossos clientes e toda a sociedade. 66.529 crianças e jovens em risco no nosso país, são números que não nos deixam desistir.

P- Quantas pessoas já apoiaram através desta iniciativa? R – Há 14 anos fizemos o levantamento das instituições com maiores necessidades e, desde então, os beneficiários das nossas campanhas foram mais de um milhar de crianças e jovens institucionalizados, através do Outeiro de São Miguel, da Casa da Sagrada Família da Guarda e da Cáritas da Guarda (centro de apoio a vida/nascer).

P- Em que consiste a campanha “Um Gesto, Um Sorriso”? R- A campanha e todo este esforço pretende sensibilizar a nossa comunidade para o flagelo das crianças e jovens em risco e pretende ajudar a devolver a esperança e a felicidade que todas elas merecem.

P- Como é que as pessoas podem contribuir? R- Podem contribuir com simples gestos, doando alguma coisa, que apesar de funcional e em bom estado, já não servirá a quem as possui, tal como vestuário, material escolar e brinquedos, pois as crianças e jovens são de todas as idades. Por mais pequeno que possa parecer o nosso gesto, vai significar um fantástico sorriso no rosto daquela criança que não tem tido esse direito. À exceção desta última campanha, devido às contingências pandémicas, todos estes anos, no dia de reis, reunimos os meninos e meninas para confraternização num bonito lanche solidário, onde conseguimos até juntar irmãos que se encontram institucionalizados em diferentes locais, não tendo por isso muitas oportunidades para se reverem.

P- Ao longo destes anos têm havido mais pedidos de ajuda ou tem-se mantido estável? R- Os números não deixam ninguém indiferente, 66.529 crianças são números que nos dizem que estamos longe de poder pensar em abrandar. Infelizmente não nos parece que tenham diminuído, porém enquanto houver uma única criança sem motivos para sorrir, estaremos cá. Enaltecer as fantásticas pessoas com quem, ano após ano, durante estas 14 campanhas solidárias, nos cruzamos, que cuidam o melhor que podem destas crianças e jovens e fazem todos os dias, o que nós tentamos fazer nesta época. Por fim, agradecer aos parceiros desta campanha, que partilham connosco os mesmos princípios solidários e ajudam a devolver sorrisos a quem deles precisa.  

PAULO PASSOS

Idade: 45 anos

Naturalidade: Aveiro Profissão: Consultor Imobiliário

Currículo (resumido): Monitor da marinha portuguesa, monitor da federação portuguesa de natação, formação académica em gestão de empresas, marketing e comunicação. Há 25 anos, consultor Imobiliário na empresa HABITA DIRECTO.

Filme preferido: “O Tigre Branco”, de Ramin Bahrani

Livro preferido: “Ensaio Sobre a Cegueira”, de José Saramago

Hobbies: Arquitetura, Decoração, Fotografia, Natureza

Sobre o autor

Efigénia Marques

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