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Xinobi: Um ano. Uma família. Um artista

Opinião – Ovo de Colombo

Se tivesse que escolher um ano, Bruno Cardoso optaria, talvez, por 1975. Ainda não era nascido, mas a data representou um período de mudança marcante para os seus pais. Talvez, por isso, tenha designado de “1975” o seu álbum de estreia, lançado dia 6 de Outubro.

Bruno Cardoso, mais conhecido por Xinobi, é DJ, produtor, músico, artista. Já anda nisto da música há algum tempo – apesar de só agora ter lançado o primeiro longa-duração -, tendo feito remisturas e re-edits de artistas como Nicolas Jaar, Toro Y Moi, John Grant, e tem inúmeras faixas e Eps para editoras como a Discotexas, Work It Baby ou Ministry of Sound, para além de um percurso internacional como DJ.

Quem já o viu ao vivo, seja a actuar ao lado de Moullinex ou com a Discotexas Band [da qual também fazem parte Luís Clara Gomes (Moullinex), Rui Maia (Mirror People) e Hugo Moutinho (Mr Mitsuhirato)], percebe que está na presença de um artista multifacetado: tanto seja na guitarra, como no baixo, na bateria ou nos sintetizadores, Xinobi tem mão para tudo.

A família sempre desempenhou um papel importante na vida de Bruno Cardoso, e por isso, enquanto Xinobi, homenageia pai e mãe, neste disco, através do single de apresentação, “Mom and Dad”, que conta com a voz de Margarida Encarnação. A abrir o disco, encontramos “They All Feel The Same” e outras como “Real Fake”, “Radio Radio” ou “The Sea”, num total de dez canções.

No reportório de “1975” cabem estilos desde o disco ao deep house, para além de elementos de dub e funk, sempre ancorados em refrãos orelhudos, numa estética pop electrónica pensada para as pistas de dança.

O álbum tem edição pela Discotexas e distribuição pela Universal Music Portugal.

Fernanda Fernandes*

*Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade de Coimbra

** A autora optou por não escrever ao abrigo do novo acordo ortográfico

Sobre o autor

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