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Wool Festival sem financiamento

Covilhã

A continuidade do Wool – Festival de Arte Urbana da Covilhã pode estar em causa. A edição deste ano foi adiada devido à falta de financiamento.

Nas anteriores o festival tem conseguido apoios institucionais, tendo obtido em 2015 o apoio da Câmara Municipal, mas este ano nem o apoio da autarquia vai chegar.

«Apesar de todas as expectativas que nos criam e promessas que nos vão sendo feitas, a verdade é que até esta data não conseguimos apoio nenhum, nem sequer o da Câmara Municipal da Covilhã», revelou Lara Seixo Rodrigues, uma das organizadoras da iniciativa, à agência Lusa. A edição de 2016 já estava em andamento e estava confirmada a presença de alguns artistas, mas perante a resposta negativa por parte do município a organização foi obrigada a suspender todos os preparativos, pois tornou-se «impossível avançar», uma vezes que os três jovens que anfitriões do projeto não têm forma de fazer face a despesas de transporte, alojamento ou materiais.

O INTERIOR tentou contactar Vítor Pereira, mas sem sucesso até à hora do fecho desta edição. No entanto, segundo Lara Seixo Rodrigues, a justificação apresentada pela autarquia foi que «não havia dinheiro», pelo que lamenta que, «apesar de publicamente recebermos elogios, da nossa intervenção ser uma montra para a cidade e de nos ser dito que a aposta neste festival é para continuar, quando chegou a hora de nos dizerem sim ou não a resposta acabou por ser não».

Citado pela Lusa, o edil da Covilhã garante não estar em causa «a importância que damos ao WOOL e à intervenção que este projeto promoveu na cidade. Pelo contrário, queremos manter essa intervenção de forma mais vasta e impressiva», dessa forma procuram parceiros que se queiram juntar e ajudar a organizar o Festival de Arte Urbana da Covilhã. O Wool já se realizou em 2011, 2014 e 2015. Nas duas primeiras edições obteve financiamento da Direção-Geral das Artes e no último ano foi realizado com a ajuda da Câmara. Nas diferentes edições foram intervencionadas várias paredes da zona histórica da cidade, criando-se um circuito de arte urbana em que se encontram obras de artistas como Vhils, Bordalo II, BTOY, Pantónio e Samina, entre outros.

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