Após dois desaires consecutivos, que afastaram de vez a equipa da luta pelo título, o Covilhã recebeu mais um aflito, mas desta vez ganhou. O jogo não teve grande história, com os serranos a fazerem o mínimo para conquistar os três pontos perante uma formação praticamente condenada a descer de divisão.
Vítor Cunha apresentou a mesma equipa que havia sido quase humilhada em Penalva, só que no último domingo o onze verde e branco acabou por fazer uma exibição satisfatória, apesar do início da segunda parte ter pertencido totalmente ao Mirandense. Perante uma plateia reduzida, nem meio milhar de pessoas, o Sporting entrou a dominar, mas teve algumas dificuldades para criar situações de perigo. A primeira ocasião de golo surgiu já depois do quarto-de-hora, quando Alex rematou por cima da trave. Passados poucos minutos foi Bruno Nogueira quem dispôs de uma excelente oportunidade, mas o disparo saiu alto demais. Só que aos 37 , na sequência de um livre de Cordeiro e no meio da confusão, Piguita surgiu que nem uma flecha para abrir o activo. Estava feito o mais difícil perante um adversário que mostrava muito pouco, no entanto, o reinício da partida voltou a revelar um Covilhã muito adormecido e que quase deixou o adversário empatar.
Valeu então Igor Araújo, que, com duas defesas de alto nível, segurou a magra vantagem dos locais. A primeira aconteceu aos 50 , num disparo de Tózé, “voando” cinco minutos depois para defender um cabeceamento de Miguel Afonso. Mas ficou-se por aí a reacção doo Mirandense e, apesar de não acelerar muito, o Covilhã voltou a dominar as operações. O marcador voltou a funcionar já à entrada do último quarto-de-hora, numa bela jogada de Bruno Nogueira que Edgar Carvalho concretizou. A partir daí foi deixar o tempo correr, com o Covilhã a controlar um adversário sem força anímica e cujo futuro está praticamente sentenciado. No final, Vítor Cunha, técnico dos serranos, considerou que era «necessário vencer para fazer esquecer os últimos jogos infelizes», sublinhando que a equipa vai ter que «dar o melhor todos os domingos».
Francisco Carvalho
