O Sporting do Sabugal foi bafejado pela “estrelinha de campeão” ao obter no domingo uma importante vitória em Celorico da Beira e ocupa agora a segunda posição da prova, em igualdade pontual com Figueirense, Gouveia e Souropires, a três pontos do surpreendente Trancoso. Quanto à equipa da casa, atacou sempre mais que o adversário mas foi infeliz no capítulo da finalização, para além de ter cometido dois erros defensivos muito bem aproveitados pelos visitantes.
A partida começou equilibrada, mas com um ligeiro ascendente do Celorico da Beira. A primeira oportunidade surgiu para a equipa da casa, à passagem do minuto 7, após uma boa iniciativa de Cascavel pelo lado esquerdo, mas Carlos Freitas, muito apertado, não conseguiu tocar para a baliza. Aos 20’, o mesmo Cascavel ganhou espaço na zona central e arrancou um forte remate que passou por cima da barra da baliza de Fredi. Até que aos 23’, totalmente contra a corrente do jogo, o Sabugal colocou-se em vantagem no marcador, por intermédio de Márito, após uma confusão na área na sequência de um pontapé de canto. A partir daqui, o Celorico carregou ainda mais no acelerador e alcançou o empate aos 30’, com Zé Pedro, livre de marcação, a cabecear para o fundo das redes depois de um pontapé de canto apontado por Rui Fonseca. Estava assim reposta a justiça no marcador. Contudo, aos 45’, o Sabugal voltou a colocar-se na frente do marcador, novamente num lance de bola parada, em que Ricardo foi mais rápido que a defensiva celoricense.
No segundo tempo, o jogo continuou na mesma toada, com os comandados de José Arrifano a atacarem sempre mais, enquanto o Sabugal procurou criar perigo em jogadas de contra-ataque conduzidas pelos dois extremos, Ricardo e Batista. Mas apesar da pressão sobre o Sabugal, o Celorico só esteve perto de restabelecer a igualdade no último quarto de hora de jogo. Primeiro, aos 76’, mas Cascavel, completamente isolado, falhou de forma incrível ao rematar muito fraco para defesa fácil de Fredi. Três minutos depois foi a vez de João Santos atirar à base do poste direito sabugalense. No seguimento deste lance, Carlos Freitas, na única desatenção do seu marcador directo, Carlos Eduardo, e com tudo para fazer golo, cabeceou por cima. O Sabugal podia ter chegado ao 3-1, de novo de bola parada, mas Carlos Eduardo não soube aproveitar uma saída em falso do guarda-redes Paulo. Foi assim mais feliz o Sabugal que teve o mérito de saber aproveitar as poucas oportunidades de que dispôs. O trio de arbitragem, chefiado por Daniel Soares, realizou um trabalho aceitável e sem interferência no resultado final.
Após o encontro, José Arrifano queixou-se das oportunidades falhadas: «Enquanto que o Sabugal foi lá duas vezes e marcou dois golos, nós fomos lá “n” vezes, com claras oportunidades, e só marcámos um», lamentou o técnico do Celorico. Já Asdrúbal sublinhou que a sua equipa «acabou por ter a sorte do jogo, porque, pelo que as duas equipas fizeram ao longo dos 90 minutos, se calhar o empate justificava-se mais», disse reconhecendo que o Sabugal «não esteve ao nível do que costuma jogar».
Ricardo Cordeiro