Em virtude do acompanhamento arqueológico ao Lote 8 da futura A25 realizado pela empresa de arqueologia ARCHEOCÉLIS LDA.: Lanço Mangualde/Guarda; Sublanço Ratoeira Nascente/IP2, foram detectados, durante as prospecções arqueológicas, vestígios de época romana. Estes achados consistem numa calçada que está associada a uma área de dispersão de materiais de cronologia romana (tegulae).
Estes vestígios irão ser sujeitos a medidas de minimização. Essas medidas irão ser preconizadas exclusivamente dentro da área da futura via e consistem no seguinte: na calçada (o que resta de uma via provavelmente romana), proceder-se-á à limpeza e registo técnico; quanto aos vestígios de cerâmica romana e face a dispersão dos materiais, preconizam-se como medidas de minimização a realização de uma série sondagens manuais, ao longo de toda a área abrangida pela obra e caso apareçam estruturas relevantes passar-se-á à escavação em área.
Paralelamente a isto, note-se a existência de uma fortificação de época anterior à romana. Esta fortificação, mencionada por Manuel Sabino G. Perestrelo na sua obra “A Romanização na Bacia do Rio Côa”, encontra-se relacionada a estes vestígios, o que torna o conjunto deveras interessante. No caso desta fortificação, está prevista a realização de uma vala de diagnóstico ao longo do limite direito da futura estrada paralela aos vestígios. Espera-se com isto, verificar se a estrada colide com a área do Castro e desta forma poder-se salvaguardar as estruturas a ele associadas.
Todas estas medidas estão previstas pelo Plano Geral de Obra que prevê o acompanhamento arqueológico, bem como, a salvaguarda de todo o património através do seu registo. Com estas medidas pretende-se contribuir para o conhecimento da ocupação humana, ao longo dos tempos, no distrito da Guarda.
Por: Rui Fragoso / Sérgio Antunes
