Os centros de emprego da Guarda e Ponte de Sôr, os concelhos mais afectados pelos despedimentos da Delphi em Portugal, têm 8,3 milhões de euros para a reintegração profissional dos trabalhadores, anunciou o presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Este montante poderá vir ainda a ser reforçado caso seja necessário, avançou Francisco Madelino. No total, nas duas unidades de componentes da indústria automóvel foram despedidos, no início do mês, 743 trabalhadores, a que se juntarão mais 185 em Março.
De acordo com Francisco Madelino, terminou na passada quinta-feira a operação especial de quatro dias destinados à inscrição destes desempregados nos centros de emprego. A partir daqui, serão iniciadas as «intervenções técnicas adequadas à definição dos respectivos planos pessoais» e encaminhamento para soluções de emprego ou formação profissional, esclareceu. «Neste momento, nesta audição, os trabalhadores estão a ser encaminhados para as medidas existentes com apoio personalizado», acrescentou o presidente do IEFP.
Segundo Francisco Madelino, além das ajudas já existentes, estão a ser preparadas «outro tipo de medidas» supletivas, que irão juntar-se aos actuais apoios. «Porque estamos ainda numa fase de elaboração de processos é prematuro referir o que está em causa, mas serão medidas que visam atenuar os efeitos negativos do encerramento das unidades da Delphi», disse. A unidade fabril da Delphi em Ponte de Sor encerrou oficialmente a 31 de Dezembro, tendo os trabalhadores acordado uma indemnização correspondente a 2,3 salários por cada ano de trabalho. Na Guarda, com a saída dos 315 trabalhadores, a Delphi retomou a laboração em 2010 com apenas 635 operários, estando prevista a dispensa de mais 185 trabalhadores até Março.