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Vendaval algarvio

Sporting da Covilhã sofreu quinta derrota da época frente ao Olhanense

O Sporting da Covilhã voltou a sofrer um desaire fora de casa, ao perder no domingo em Olhão. Foi a derrota mais pesada da época para os serranos, que ainda não venceram em 2006 e já sofreram oito golos nas duas últimas deslocações. Frente a uma equipa forte candidata à subida à SuperLiga, e que não perde desde a oitava jornada, o Covilhã perdeu por números bem claros, mas enganadores.

Os serranos apresentaram-se com um tridente no meio-campo, formado por Vladimir, Banjai e Cunha a ditarem as leis, e controlavam as investidas dos algarvios. Logo aos 2 poderiam ter aberto o activo, mas o disparo de Vladimir não levou a melhor direcção. Do Olhanense pouco se via, com os seus jogadores a terem poucas soluções para ultrapassar a bem organizada formação visitante. Aos 33 , na sequência de um canto, o Covilhã conseguiu abrir o activo, beneficiando de um desvio para o sítio errado de Lameirão. Mas a vantagem foi de pouca dura, já que a cinco minutos do intervalo, Moses aproveitou uma falha da defesa para empatar, num belo remate de fora da área. No início da segunda metade, o Sporting continuou a praticar o seu futebol e durante o primeiro quarto-de-hora controlou as operações. De resto, em dois minutos, Pimenta e Oliveira estiveram perto de marcar, mas Bruno Veríssimo evitou o golo com duas boas intervenções.

Até que, aos 64’, o Covilhã sofreu um grande revés, com a lesão de Piguita. O Olhanense aproveitou e marcou o segundo golo, de novo por Moses. Piguita foi então substituído por Banjai, que recuou para central, só que os visitantes nunca mais foram os mesmos. Com um Vasco Matos endiabrado e um Moses certeiro na finalização, a equipa da casa chegou em poucos minutos à goleada. Foi um período terrível para os covilhanenses, que não conseguiram suster a avalanche ofensiva do Olhanense. Já em período de descontos, Tarantini marcou o segundo golo do Covilhã, num excelente remate de meia-distância. Boa arbitragem de João Capela. No final, Paulo Sérgio referiu que o resultado foi «inteiramente justo», numa segunda parte de inspiração do Olhanense. A mesma opinião teve João Salcedas, embora considere o desfecho «excessivo» e admita que o Covilhã cometeu «muitos erros» na segunda metade.

Francisco Carvalho

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