Alguns alunos do 8º ano da Escola Secundária Afonso de Albuquerque, na Guarda, movidos por uma brincadeira de grupo, foram, na semana passada, encontrados a inalar Cloreto de Etilo através de um “spray” geralmente utilizado no desporto com o intuito terapêutico de diminuir a dor em traumatismos. Na sequência deste incidente, a Associação de Pais e Encarregados de Educação daquele estabelecimento de ensino alertou de imediato a Associação Nacional de Farmácias para proibir a venda deste “spray” considerado nefasto para a saúde.
De acordo com o presidente da Associação de Pais, Jorge Libânio, este medicamento analgésico, que é vendido nas farmácias sem receitas médicas, pode causar graves problemas de saúde. Quando inalado, este produto pode ter efeitos narcotizantes, nomeadamente com os seguintes sintomas: vertigens, dor de cabeça, náuseas, perda de coordenação, dores abdominais e alteração de humor. Pode ainda causar depressão do Sistema Nervoso Central e toxicidade hepática e renal, quando tomado em grandes quantidades. Segundo a associação, o analgésico era adquirido nas farmácias por adolescentes, com idades compreendidas entre os 13 e 15 anos, «como sendo para uso dos pais» ou então para «traumatismos resultantes da prática desportiva». Por isso, aquela entidade alerta pais e encarregados de educação para que tomem «uma atitude preventiva e de chamada de atenção» para com os filhos e educandos quanto ao uso daquele “spay”. De resto, o Conselho Executivo da Escola Secundária Afonso de Albuquerque já alertou os alunos do 8º ano para os efeitos nocivos da utilização do Cloreto de Etilo e vai efectuar as diligências tidas por convenientes.
