A CDU voltou a ser a quarta força política do distrito no domingo. Com uma percentagem de 3,48 por cento dos votos, a coligação entre o PCP e “Os Verdes” ultrapassou o resultado obtido em 2009, ficando à frente do Bloco de Esquerda.
Apesar de ter ficado satisfeito com a votação, o cabeça-de-lista pelo círculo da Guarda não escondeu a preocupação com esta «viragem à direita» a nível nacional. «Vêm aí medidas que agravam o dilema social do país e do distrito», avisou.
José Pedro Branquinho afirmou que a CDU pretende começar, já nos próximos dias, a trabalhar na «defesa de um Portugal mais justo, mais ao lado dos trabalhadores e do povo». O candidato criticou o memorando de entendimento entre o governo e a “troika”, por acreditar que vêm aí «medidas drásticas». O cenário que traça a nível nacional é o mesmo que antevê para o distrito: «Vêm aí portagens, aumento do IVA, dificuldades enormes para os pequenos e médios empresários, desemprego e problemas com a atribuição do Rendimento de Inserção Social», lembra. Por isso, diz que a CDU está disposta a «continuar o seu caminho de luta e resistência às políticas seguidas pelo próximo governo».
Durante a campanha, quis mostrar a realidade que os portugueses vão encontrar nos próximos anos. Esse esforço da CDU parece ter surtido algum efeito na hora do voto. «Assumimos o quarto lugar como força política do distrito, o que nos parece justo pela coerência e trabalho que temos desenvolvido», considerou. Nestas eleições, os melhores resultados da CDU aconteceram em Manteigas, Seia e Guarda, com 6,84, 5,20 e 4,68 por cento, respetivamente.
