António Saraiva é o novo presidente da Federação do PS da Guarda. A confirmação veio da Comissão Nacional de Jurisdição, que validou o ato eleitoral realizado a 4 de março, mas mandou repetir o escrutínio para delegados ao congresso federativo.
A decisão resulta de um recurso apresentado pela candidatura do novo dirigente após a Comissão Federativa de Jurisdição ter deliberado pela repetição das eleições, validando os argumentos invocados na impugnação remetida por Eduardo Brito. Dois meses depois, a Comissão Nacional de Jurisdição revogou essa posição, considerou António Saraiva eleito e sustentou que Eduardo Brito «não tinha motivos» para desistir do ato eleitoral, como refere o acórdão daquele órgão, a que O INTERIOR teve acesso. Contudo, o militante de Seia viu satisfeito a sua contestação quanto à eleição dos delegados ao ver a Comissão Nacional de Jurisdição mandar repetir o ato em todas as concelhias e revogar os argumentos invocados pela Comissão Organizadora do Congresso (COC) para recusar as listas de Eduardo Brito na Guarda, em Almeida, Celorico da Beira, Manteigas, Figueira de Castelo Rodrigo e Fornos de Algodres.
As conclusões deste acórdão não caíram bem junto dos apoiantes de Eduardo Brito, que ponderam avançar para os tribunais. Apesar das várias tentativas de O INTERIOR, tanto Eduardo Brito como António Saraiva estiveram indisponíveis para comentar a decisão da Comissão Nacional de Jurisdição até ao fecho desta edição. O arquiteto, ex-líder da concelhia da Guarda, foi candidato único às eleições de 4 de março após o antigo presidente da Câmara de Seia ter desistido na véspera em protesto pela exclusão de seis listas a delegados ao congresso. Na altura, António Saraiva obteve 524 votos entre 571 votantes dos 1.349 inscritos. Os socialistas terão agora de nomear uma nova COC, à qual cabe marcar nova data para as eleições dos delegados ao congresso federativo.