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Vaias e música para ministro da Administração Interna

“Grândola Vila Morena”, “E Depois do Adeus” ecoaram alto e bom som antes e durante a palestra sobre “Automóvel, turismo, segurança – desafios do futuro”, organizada pelo Clube Escape Livre na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda, na passada sexta-feira. Tudo por causa da presença do ministro da Administração Interna.

Miguel Macedo foi recebido com vaias por algumas dezenas de elementos da União de Sindicatos e da comissão de utentes contra as portagens, que a polícia manteve do outro lado da rua. Altamente vigiada, a sessão decorreu sem interrupções, apenas as canções de Zeca Afonso e Paulo de Carvalho, intervaladas por palavras de ordem, distiladas por uma aparelhagem de som dificultaram um pouco as intervenções. Armindo Jacinto, vice-presidente do Turismo do Centro, afirmou que «temos um país para descobrir, para ocupar», considerando que a crise é «uma oportunidade para apostar no turismo do interior». Nesse sentido, considerou que «os jovens não precisam de sair de Portugal» para trabalhar, pois a paisagem e o património são «um negócio que vale muito dinheiro na Europa», mas que por cá continua ainda por explorar em termos turísticos.

O presidente da Naturtejo e vice-presidente da Câmara de Idanha-a-Nova lembrou a propósito que na Áustria há dois milhões de dormidas em turismo rural, enquanto em Portugal registaram-se apenas 800 mil. Por seu turno, Miguel Macedo admitiu que a sinistralidade rodoviária dá má imagem ao país: «No estrangeiro, ainda se refere que é perigoso circular nas estradas portuguesas», começou por dizer, sublinhando que o objetivo é contrariar essa ideia com mais fiscalização, campanhas de prevenção e o regresso da Brigada de Trânsito enquanto unidade orgânica. «A meta da Estratégia Nacional de Segurança são 62 mortos nas estradas por milhão de habitantes em 2015, o que esperamos conseguir», acrescentou, adiantando que, entre 2003 e 2012, a sinistralidade rodoviária baixou 56 por cento. «Continuar este caminho é um dever cívico e absolutamente essencial no interesse do cidadão», afirmou.

Manifestantes foram mantidos à distância da biblioteca municipal da Guarda

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