Os utentes dos julgados de paz, centros de arbitragem e sistemas de mediação consideram estes serviços como «alternativas de grande qualidade para a realização da justiça», segundo um relatório da Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ).
Entre os julgados de paz que merecem destaque positivo estão os do agrupamento dos concelhos de Aguiar da Beira e Trancoso. Este relatório de acompanhamento dos meios de resolução alternativa de litígios foi elaborado pelo terceiro ano consecutivo e mede a satisfação dos utentes com o funcionamento destes serviços apoiados pelo Ministério da Justiça. Segundo o documento, os meios de resolução alternativa de litígios mereceram, em 2015, por parte dos seus utilizadores «níveis de satisfação e lealdade muito elevados», à semelhança do verificado em 2013 e 2014. No ano passado, os centros de arbitragem e os julgados de paz apresentaram, em todos os indicadores, um nível de «muito satisfação», enquanto os sistemas públicos de mediação obtiveram um grau de «satisfação». O acesso à informação, instalações, funcionamento, recursos à disposição e lealdade são alguns dos indicadores analisados no relatório, elaborado em conjunto com o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa. O relatório da DGPJ foi elaborado a partir de 1.639 inquéritos, dos quais 1.414 são relativos a utentes de centros de arbitragem, 214 aos utentes de julgados de paz e 11 aos sistemas públicos de mediação.