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Universidade da Beira Interior celebra 30 anos

Instituição divulgou programa de atividades até ao final do ano, entre elas uma conferência com António Guterres

Comemoram-se em 2016 os 30 anos da conversão do Instituto Politécnico da Covilhã em Universidade da Beira Interior. Para assinalar a efeméride, a instituição apresentou na segunda-feira o programa comemorativo que se prolonga até o final deste ano.

Uma conferência de António Guterres será um dos momentos altos das comemorações, já que o antigo Alto Comissário da ONU para os Refugiados e ex-primeiro-ministro estará na UBI em novembro para falar sobre “Entendimento Global”. O professor Adriano Moreira é outra personalidade convidada e será o orador da conferência “Crise dos Refugiados na Europa”, agendada para maio, enquanto o cientista Manuel Sobrinho Simões participará, em março, no II Ciclo de Seminário 3ºs Ciclos. Para o reitor da UBI, António Fidalgo, trata-se de «um programa de excelência em todos os aspetos», que procura abranger acontecimentos culturais académicos, científicos e desportivos, como workshops, caminhadas, os torneios UBI Cup, concertos, conferências e seminários internacionais. No dia de aniversário da universidade, a 30 de abril, realiza-se a habitual sessão solene, que será antecedida da inauguração da exposição “30 Anos de UBI em imagens”.

A AAUBI também entra nas comemorações e o concerto de 7 de abril, na Semana Académica, será dedicado à efeméride. Em tempo de aniversário, António Fidalgo deseja que a marca destes 30 anos seja «uma universidade robusta, perfeitamente consolidada e que tem à sua frente não 30 anos, não 60, mas muitos múltiplos de 30». Contudo, há temas que são de ontem e de hoje, como é a questão do financiamento. O ministro da Ciência e do Ensino Superior visitou a UBI na semana passada, ocasião para o reitor confrontar Manuel Heitor com o facto da universidade sediada na Covilhã ser «um caso paradigmático», pois é «a que mais tem sofrido com o subfinanciamento do ensino superior português», adiantou António Fidalgo aos jornalistas. O responsável acrescentou que enquanto não houver Orçamento de Estado «não haverá alteração nas verbas», mas confessou ter expetativas numa «nova fórmula». Contudo, o reitor sublinhou que, hoje em dia, a UBI tem mais receitas próprias e «só assim consegue fazer frente ao baixo valor do financiamento» estatal.

UBI com nova imagem corporativa

A primeira iniciativa do 30º aniversário é a nova imagem institucional da UBI, também divulgada na segunda-feira.

A névoa matinal da Cova da Beira, o percurso ondulante do Rio Zêzere e o passado industrial da cidade são os temas inspiradores para a mudança. A produção da nova identidade gráfica esteve a cargo dos docentes da UBI Afonso Borges, Sara Velez, Luís Frias e Sofia Rato. Durante a apresentação, Afonso Rato explicou que objetivo foi «criar uma imagem inteiramente nova» e quebrar «a ligação da universidade ao passado das suas referências edificadas mais emblemáticas, alargando as mesmas à herança industrial e à elevação, geográfica e de autoexigência». Assim, os designers procuraram refletir a montanha através das «curvaturas, sintetizando a natureza da região» e a memória, «na representação da verticalidade das chaminés, do passado industrial».

Satisfeito com resultado final, António Fidalgo afirmou que a nova imagem gráfica irá dar à UBI «um caráter único» e que, ao longo do tempo, «vai construir-se e ganhar vida própria». O símbolo é em azul-escuro e para cada faculdade há também uma cor, representada no primeiro traço do “U”. A Faculdade de Ciências a azul claro, a Faculdade de Engenharia a laranja-tijolo, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas a vermelho, a Faculdade de Artes e Letras a azul médio e por fim a Faculdade de Ciências da Saúde a amarelo-torrado.

Ana Eugénia Inácio UBI apresentou nova imagem gráfica

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