No final do primeiro semestre de 2004, o Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) terá uma nova valência de apoio e tratamento para os doentes vítimas de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). Assim espera Miguel Castelo Branco, presidente do Conselho de Administração do CHCB, que espera poder prestar «um melhor cuidado» a estes doentes, ainda para mais quando os AVC, como a trombose, hemorragia cerebral e embolia, são apontados como a principal causa de morte e de incapacidade em Portugal.
Com um investimento de 1,5 milhões de euros, a implementação da nova unidade do CHCB será apoiada em 75 por cento pelo Programa Operacional da Saúde XXI, restando à administração do hospital completar os 25 por cento do investimento. A unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais irá funcionar num espaço do hospital que «será adaptado e equipado» para o efeito e irá possuir 12 camas – quatro para doentes vítimas de acidentes agudos e oito para o seguimento do tratamento e para os doentes menos graves. No entanto, a nova unidade «não vem resolver nenhuma lacuna», ressalva Miguel Castelo Branco, uma vez que o tratamento destes doentes era já «abordado» numa enfermaria do CHCB com «o melhor cuidado». O novo espaço apenas irá permitir «uma nova forma de tratamento» para «minorar as consequências com melhor qualidade», aponta. Este projecto candidatado, pelo hospital ao programa Saúde XXI, assenta, de acordo com Miguel Castelo Branco, nas medidas apontadas pela Direcção Geral da Saúde no Plano Estratégico para a Saúde 2004-2010 para obter uma maior qualidade na prestação dos cuidados de saúde, nomeadamente no Serviço Nacional da Saúde (SNS). Obter ganhos em saúde, utilizar os instrumentos adequados com atenção particular à investigação e garantir os mecanismos para a efectivação do plano são as três orientações do Plano para as unidades de prestação de cuidados de saúde.