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«Uma das nossas primeiras preocupações é baixar a dívida»

Cara a Cara – Carlos Ascensão, presidente da Câmara de Celorico da Beira

P- Quais são as grandes opções para os próximos quatro anos em Celorico da Beira?

R- A Câmara tem uma situação financeira que não é invejável, estamos em reequilíbrio financeiro e temos um endividamento bastante elevado. Uma das nossas primeiras preocupações é o rigor para podermos baixar a dívida, para termos autonomia total e podermos prestar um bom serviço aos munícipes. Mas não há milagres, isto só se faz se houver uma certa dinâmica. Não podemos esquecer o empreendedorismo e que o fundamental são as pessoas, sendo necessário fixar gente, sobretudo os jovens, e criar condições para que outros voltem e para que haja em Celorico da Beira uma dinâmica económica que nos permita enfrentar outros desafios. Outras situações também importantes têm a ver com a qualidade de vida, pelo que não podemos aceitar que exista atualmente uma situação bastante miserável ao nível do saneamento básico com fossas céticas na maior parte das aldeias. Há um investimento que tem que ser feito na construção de 12 pequenas ETAR’s, no âmbito de um trabalho inacabado do anterior executivo e de uma candidatura da Câmara e da Águas do Vale do Tejo, que tem adiado esse compromisso com o município. É um problema que também se vive na vila, onde temos que fazer uma limpeza diária das fossas com uma cisterna. Também não podemos esquecer a Educação – vamos intervir na C+S e no primeiro ciclo através de candidaturas –, e a dimensão social, pois temos que dar condições dignas de vida aos nossos idosos e evitar que haja uma morte social antes da morte biológica.

P- Há um problema transversal ao interior, que é o do emprego e do despovoamento que isso gera. O que pensa fazer para conseguir evitar isso?

R- Há potencialidades que estão por dinamizar, nomeadamente a nossa situação geográfica. Temos uma zona industrial que ainda não está – mas que vai estar – em condições de receber os empresários. Fica junto à A25, tem uma excelente visibilidade e acessibilidade, e há pessoas interessadas em se fixar ali. Mas temos que acabar de criar as condições, nomeadamente em termos de regulamentação e do saneamento, pois é preciso criar ali uma ETAR para legalizar a própria situação. Temos também a zona industrial de Celorico-Gare que ainda tem capacidade e está muito bem situada estrategicamente.

P- Há pelo menos 15 anos que se ouve falar de um parque empresarial próximo da A25. Será no seu mandato que vai avançar?

R- Isso é mais do que uma promessa, é uma aposta. Até porque há ali trabalho feito e foi investido um milhão de euros, pelo que seria completamente inconsequente e incongruente não a terminar.

Já fomos contactados por alguns empresários e que avançarão mal tenhamos condições porque argumentam que aquele lugar é uma porta aberta não só em direção à fronteira, ao sul, ao Porto, a Coimbra, a Lisboa ou a Aveiro.

P- Portanto está confiante em relação à posição geoestratégica de Celorico da Beira?

R- Estou, por essa situação e porque vamos criar condições para não onerar os empresários que escolherem Celorico. Mas quanto à fixação de pessoas, obviamente que teremos que criar postos de trabalho e apostar mais no turismo promovendo aquilo que temos de bom – do sossego à paisagem, associados aos produtos endógenos e ao património. Temos um produto de excelência, o queijo Serra da Estrela de Celorico, que é o melhor de Portugal e do mundo e os seus produtores serão homenageados no primeiro fim-de-semana de fevereiro na tradicional Feira do Queijo. Temos também o borrego da ovelha bordaleira, criado nas pastagens da região, que tem uma carne com um sabor completamente diferente. Temos um azeite de excelência, comum a todo o Mondego, que ainda não foi devidamente divulgado e valorizado. Temos o mel e o requeijão, enfim temos um conjunto de produtos endógenos muito bons.

P- A aposta na economia será no produto endógeno?

R- Sim, associado ao turismo, ao agroturismo ou ao turismo ecológico. Não somos o Algarve, não temos praia, mas temos a montanha, o ar puro, o turismo da natureza, o património histórico e outras ofertas que temos que criar. Linhares da Beira pode servir de alavancagem, mas temos também o Museu do Agricultor, o Solar do Queijo, o castelo, a zona histórica – que não está devidamente divulgada –, a escola museu de Salgueirais, a Casa do Mundo Rural, em Prados, ou os moinhos na Rapa. Temos uma vasta oferta, mas temos que a mostrar e divulgar.

P- Fala do património e da necessidade de o divulgar, mas para isso é preciso dinheiro. Como está a situação financeira da Câmara?

R- Temos uma série de constrangimentos financeiros, mas temos também algumas oportunidades neste quadro do 2020 através de candidaturas feitas e de outras que vamos procurar fazer. Teremos também que ser criativos e empreendedores para fazer coisas. A situação financeira é má fruto de uma dívida de aproximadamente 18,5 milhões de euros. Há três ou quatro problemas estruturais para resolver e estamos a tratar de levar a cabo um plano financeiro que permita o reequilíbrio do município através de um empréstimo bancário de cerca de 11 milhões de euros para pagarmos compromissos atrasados. Temos algumas dívidas que são avultadas para a nossa dimensão, nomeadamente relacionadas com a água ou com a habitação social, que já vêm de longe.

P- Como justifica que, passados 10/15 anos, continuemos a falar das dificuldades financeiras da Câmara de Celorico? Recorreu-se a apoios e à intervenção do Estado mas mantém-se o garrote, o que implica não haver dinheiro para fazer projetos e candidaturas no futuro.

R- Depois da aprovação deste empréstimo pelo Tribunal de Contas ficaremos com cerca de 1,5 milhões de euros de juros anuais. Imagine o que não daria para fazer com esse dinheiro. Neste momento esses encargos ultrapassam os dois milhões de euros. Sem entrar na crítica, penso que houve alguma falta de rigor, de coragem e se calhar não houve um critério suficientemente rigoroso nas opções e decisões tomadas. Algumas coisas foram bem feitas, outras menos bem e outras podiam ter sido melhores. Já sabíamos que as coisas não estavam muito bem, que não seria fácil, mas ainda hoje vão surgindo algumas pequenas grandes surpresas e provavelmente iremos descobrir mais. Mas estamos empenhados e convictos de que vamos ultrapassar esta situação e que daqui por três ou quatro anos haverá normalidade em termos da dívida. Por agora temos um excedente de pelo menos seis milhões de euros para além do permitido para não estarmos sob a supervisão das entidades que tutelam estas questões do endividamento.

P – A sua eleição foi a grande surpresa das últimas autárquicas no distrito da Guarda? O que aconteceu?

R- O que aconteceu foi que houve mais pessoas a votar em nós do que no adversário (risos). Sabíamos que estávamos em desvantagem em relação ao candidato do PS, que era expectavelmente quem teria todas as condições para ganhar. Tinha os meios, os recursos financeiros, o aparelho ao seu serviço e fazia um pouco o papel também de presidente da Câmara na condição de chefe de gabinete. Entrámos neste desafio um pouco por acaso, mas acreditámos em nós e que era altura de fazer uma mudança porque também tinhamos a noção, porque somos de cá, que as pessoas estavam bastante saturadas da situação e que não tinham muita esperança de que isto evoluísse. Foi um pouco uma luta de David contra Golias.

P- Mas o que terá feito com que os celoricenses votassem em si depois de anos a votar mais ou menos na mesma linha política? Foi Carlos Ascensão que ganhou ou José Albano Marques que perdeu?

R- Foi um pouco de tudo, mas alguma influência também terei tido. As pessoas conheciam-me, confiavam em mim, tinham alguma esperança de que fosse diferente.

P- A sua forma de se relacionar com os seus concidadãos foi determinante?

R- Penso que sim. Há alguma popularidade, amizade com as pessoas e uma dinâmica que resulta desse envolvimento no ensino e no desporto. Sou daqui, nasci aqui, sempre vivi aqui, sempre me relacionei com as pessoas e continuo a relacionar. Foi em parte uma vitória minha e da equipa, foi em parte uma derrota de José Albano porque as pessoas, por alguma razão, acharam que não seria a pessoa que lhes mereceria confiança. Acho que os celoricenses apreciaram a nossa forma humilde, de não dizer mal, de tentar inverter um ciclo de confronto e agressividade que estava e ainda esteve presente nas últimas eleições.

P – Como tem sido gerir uma Câmara em minoria?

R- A democracia é assim. Houve uma maioria relativa que votou em nós, mas temos no executivo dois políticos traquejados, experientes, difíceis e com tarimba eleitos pelo PS e pelo PNT (independentes). Era muito mais confortável se tivéssemos maioria absoluta e tivemos que ir fazendo os equilíbrios possíveis. Foi assim com a eleição da presidente da Assembleia Municipal, que é do PSD, porque utilizámos argumentos honestos e razoáveis e alguns deputados, porventura afetos ao PS, entenderam apoiar a nossa candidata. Na aprovação do Orçamento também tivemos que fazer o nosso trabalho, as nossas aproximações, para conseguirmos a sua aprovação e neste momento procuramos estabilidade interna.

P – Mas nessa votação teve que usar o voto de qualidade para o Orçamento passar. É o princípio do fim?

R- Não. A questão foi que os líderes do PS e do PNT votaram contra e houve um candidato independente do PS, que já militou no PSD, que se absteve. Fez o que o vereador José Albano Marques devia ter feito porque é um Orçamento de transição, condicionado por compromissos assumidos pelos nossos antecessores. São candidaturas aprovadas, eixos que já estavam definidos, toda uma governação até outubro que não era da nossa responsabilidade. Eu diria até que é um Orçamento mais do PS do que nosso, pelo que era obrigação dos socialistas votarem favoravelmente ou, no mínimo, absterem-se. Acho que a decisão foi sobretudo política, para dificultar e reprovar. No entanto, de forma sensata e reponsável, o vereador independente do PS [Bruno Almeida] decidiu abster-se e ainda bem porque com dois votos a favor e dois contra, o voto de qualidade impôs-se.

P- Uma vez que não tem uma maioria, teme que a oposição possa vir a inviabilizar algumas decisões? Pensa fazer algum acordo?

R- Já houve desenvolvimentos e o vereador independente do PS estabeleceu um acordo connosco e passou a ser, desde 18 de janeiro, vereador a meio tempo. Houve essa abertura e disponibilidade de colaboração da parte de quem partilha e aceita as nossas intenções programáticas e é bem-vindo por isso, tanto mais que temos muito trabalho pela frente e todos somos poucos. Naturalmente que não havia possibilidade de fazer esse acordo com o líder do PS, por vontade das duas partes.

P- É uma aposta que vai facilitar a governação?

R- Contrariamente ao que se diz, que são mais encargos financeiros, objetivamente sim, mas quando as pessoas estão para trabalhar e desenvolver um trabalho meritório e positivo não penso que sejam encargos, mas sim mais-valias. É a autarquia e os munícipes que ganham. Por outro lado, conseguimos a estabilidade que pretendemos e que é fundamental para governar.

P – Já está arrependido de ter dito na tomada de posse que «a maioria absoluta não era, à partida, um pressuposto necessário» para governar em Celorico?

R- Às vezes as minorias trazem vitalidade e abrem novos desafios. Mas é assim se os interlocutores estiverem disponíveis para contribuir com uma atitude construtiva e positiva e não de obstaculização, de dificultar ou de bota abaixo. E a verdade é que nos confrontámos com situações que não ajudavam em nada aquilo que eram os nossos objetivos de governação.

P – O que justifica a nomeação de mais um vereador a tempo inteiro e de um adjunto depois de ter criticado, na campanha, a estrutura de gestão do PS? Os socialistas dizem que esta opção custa mais 13 mil euros mensais em salários ao município, que está num processo de reequilíbrio financeiro?

R- Essas contas estão mal feitas. Se forem bem feitas, grosso modo, um adjunto acresce mais ou menos dois mil euros por mês. Foi incluída neste Orçamento a possibilidade de mais um vereador que estava cabimentado, tal como acontecia no anterior executivo, que, por acaso, não a usou. É algo perfeitamente normal e legal. Em relação ao gabinete de apoio à presidência, hoje faria exatamente a mesma coisa porque foram as pessoas que achei adequadas para o trabalho que temos que fazer. O chefe de gabinete e o adjunto são absolutamente necessários e imprescendiveis para levarmos este projeto a bom porto. Nunca dissemos que era reprovável haver um chefe de gabinete, o que não se deve fazer é estar num cargo para promoção própria, para fazer política, para ter no seu gabinete mais duas pessoas que estão ali também numa lógica político-partidária. As pessoas que escolhi não o foram em função de proximidades partidárias – apesar de integrarem as nossas listas –, ou até amizades.

P- O queijo é uma referência em Celorico, o que o leva a ponderar fazer aqui uma grande feira com os demais municípios produtores depois de uma experiência falhada entre Fornos, Gouveia e Seia?

R- Não vou ter a presunção de dizer que só o queijo de Celorico é que é bom porque há uma marca denominadora comum que é a Serra da Estrela. Mas sabemos que há muito queijo de fábrica e produzido com leite que vem de Espanha. O que faz a diferença em termos de qualidade é o uso de leite da ovelha bordaleira, caraterística da nossa zona, e por isso é que nós temos muito mais queijo DOP [Denominação de Origem Protegida] que outros concelhos. É uma marca certificada, sinónimo de qualidade e que obedece a determinados requisitos cujo cumprimento é fiscalizado regularmente. Puxando a brasa à minha sardinha, diria que esse queijo é o melhor ou está entre os melhores do mundo. Quanto à feira, acredito que num contexto mais vasto pode-se fazer diferenciação e isso teria que passar pelo envolvimento. A nossa perspetiva é valorizar aquilo que deve ser valorizado, que é o queijo DOP. Em termos de afirmação do produto, numa feira conjunta, não andando tão depressa, juntos conseguimos ir mais longe e ganharíamos mais força e escala.

P- O Solar do Queijo é uma aposta para manter? Tem pensada alguma filosofia para lhe dar outra dimensão?

R- O Solar do Queijo tem servido como uma espécie de marca, de rótulo e de embaixada. Está ligado a muito deste trabalho de aproximação aos pastores e aos vários organismos ligados ao queijo, além de ter as vertentes de divulgação e comercialização. Vamos fazer uma intervenção física no edifício porque é nossa intenção manter o Solar como referência local do queijo de Celorico e da sua diferenciação pela positiva.

P- Qual é a sua posição em relação à CIM Beiras e Serra da Estrela?

R- Compreendo a sua existência, mas ainda não tem a importância e a eficácia que pode e deve vir a ter no sentido da região ganhar algum peso. Sabemos que isoladamente não temos grande força reivindicativa e que juntos também ainda não temos a força que deveríamos ter, mas pelo menos temos alguma. Por exemplo, na semana passada a CIM manifestou desagrado pelo discurso contraditório dos deputados e do Governo, que dizem constantemente que é preciso criar medidas de discriminação positiva para o interior mas depois, na prática, nada acontece. Pior, no esboço do novo quadro 2030 vemos que os seus princípios gerais já lá estavam há 20 anos, o que quer dizer que nada vai acontecer, continuará tudo igual.

P- O que acha da CIM não ter ainda presidente? Está disponível para ser candidato a líder?

R- Por “herança”, neste momento sou vice-presidente da CIM até à eleição do novo presidente, que já devia ter acontecido. Acho que este impasse tem mais a ver com os regulamentos, segundo os quais há dois critérios determinantes para a eleição dos cargos dirigentes: o número de autarcas e o número de eleitores. Tal como há quatro anos ficou tudo igual: há oito presidentes PS e sete PSD, mas há mais votantes PSD que PS.

P- Quem devia chegar-se à frente?

R- Penso que a pessoa com mais pergaminhos, com mais estaleca para esse cargo pelo seu peso político, pelo saber, pelos anos que tem destas lides, seria Álvaro Amaro.

P- Acredita numa “revolta” dos pequenos municípios?

R – Não digo revolta, mas pode acontecer que um dia haja uma solução dessas, de alinhamento entre os municípios mais pequenos, pois temos exatamente a mesma capacidade de intervenção e voto igual.

P- E quanto à sede, fica bem na Guarda? Não lhe parece que a Guarda está a deixar-se ultrapassar pelo eixo Covilhã-Fundão?

R- O tema não é totalmente consensual, mas seria um contrasenso que a sede não continuasse na Guarda, por uma questão geográfica, por o distrito da Guarda ter mais municípios e por a Câmara já ter avançado com as instalações. Não me passa pela cabeça – e penso que à maioria dos meus colegas também não – que a sede não seja na Guarda e acredito que é onde irá ficar por muitos e bons anos. O que espero é que a CIM seja uma comunidade bem sucedida, mas ainda há muito trabalho a fazer e é preciso criar-se sentido de conjunto, sem que cada um pense em si próprio e no seu território.

Perfil:

Passou os últimos 30 anos a ensinar Filosofia a jovens do ensino secundário, mas há três meses que preside à Câmara Municipal de Celorico da Beira.

Aos 55 anos, Carlos Ascensão, natural da Rapa e a residir na Lageosa do Mondego, naquele concelho, decidiu aventurar-se na política e deixou de «ser dono do tempo e de ter horários». Como professor, lecionou sobretudo em Celorico, mas também na Guarda, Trancoso, Vila Nova de Foz Côa e Vila Viçosa. Por agora ainda está a habituar-se às lides autárquicas, vida que lhe deixa pouco tempo para a família, mas também para o convívio com os amigos, os livros e o desporto. Durante cerca de 40 anos foi jogador (Celoricense, Lageosa e Vale de Azares) e treinador de futebol (Lageosa, Celoricense, Trancoso, Vila Cortês do Mondego e Vila Franca das Naves). Mas não foi um filósofo que andou na bola a praticar para ser autarca: «Muita gente até pensava que eu era professor de Educação Física», recorda o benfiquista, que está a ver se consegue tempo e ritmo para se preparar para um jogo de veteranos do Celoricense.

Desses tempos diz ter aprendido «a ganhar e a perder», uma lição que leva para esta nova vida. Casado e sem filhos, o edil confessa ter saudades do ensino, a tal ponto que, sempre que pode, faz uma visita à sua antiga escola, a Sacadura Cabral, em Celorico da Beira. «Sempre houve uma ligação muito próxima, de grande amizade e convivência com os alunos. Tenho saudades desse contacto com a juventude, com os colegas e com a escola», admite Carlos Ascensão, agora a braços com «um volume muito intenso» de trabalho. «Todos os dias levo para casa umas caixinhas com papelada», adianta o autarca, que confirma ter tido algumas surpresas «menos boas» quando chegou à Câmara. Já a relação com os seus “opositores” foi tudo menos pacífica. «Não coloco a política acima de outros valores que considero mais importantes. Ao início foi um bocado complicado, mas a gente vai-se ajustando e desenvolvendo mecanismos de proteção e de resposta», assume Carlos Ascensão, para quem a sua primeira conquista foi fazer de Celorico um concelho «mais democrático».

Sobre ambições políticas, o autarca responde que o importante é este mandato. «Temos de trabalhar para o agora. E acho que se trabalharmos bem agora e se tivermos vontade ou disponibilidade para continuarmos, logo pensaremos nisso», responde um presidente que nunca foi filiado em partidos. Por isso, considera-se sobretudo «um político preocupado com as questões das pessoas, com uma maior justiça social, maior equilíbrio e menos diferenças entre os ricos e pobres».

Carlos Ascensão

Comentários dos nossos leitores
Ana donamoira@gmail.com
Comentário:
Achei que as respostas ás perguntas efetuadas foram concretas concisas nada agressivas e politicamente aceitaveis para a situaçao financeira encontrada.Desejo lhe boa sorte nas novas funçoes.
 

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