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Uma cidade esburacada

Na edição passada de O INTERIOR uma leitora (Espaço Público do Leitor) referia que deveria haver eleições todos os anos. Tem razão. Como no tempo de Abílio Curto, em que nos anos de eleições a cidade ficava toda esventrada com obras, arranjos e pinturas de fachada, 2017 ficará marcado por obras eleitoralistas, alcatrão e rotundas. A fórmula é a de sempre e a caça de voto, o objectivo. Há obras que se arrastam na cidade apenas para poderem ser inauguradas no verão, com festa pouco antes das eleições. A curva da estrada do Rio Diz, em obras há quatro meses, serve para estragar amortecedores e coluna vertebral enquanto espera pavimento que há-de ser devidamente inaugurado: alargar uma simples curva meus senhores! Assim se ganham eleições! Oxalá houvesse eleições todos os anos!

Ana Santos, Guarda (São Miguel), Carta recebida por correio eletrónico

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