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Um terço das receitas serviu para pagar serviço de cobrança

Portagens

A Estradas de Portugal (EP) arrecadou, em 2012, cerca de 153 milhões de euros com as portagens introduzidas nas antigas SCUT.

Mas essa cobrança custou 50 milhões de euros, gastos para manter a rede de 77 pórticos, ou seja, pontos de cobrança eletrónica nos dois sentidos de circulação, além de outros equipamentos de apoio e recursos humanos e técnicos. Segundo a EP, as infraestruturas dos sistemas de cobrança pertencem às respetivas operadoras das concessões, casos da Ascendi O&M (Grande Porto, Costa de Prata, Interior Norte e Beiras Litoral/Alta), Via Livre (Norte Litoral e Algarve) e Portvias (Beira Interior).

Na prática, um terço das receitas com a cobrança de portagens nas antigas SCUT serviu para assegurar o próprio serviço de cobrança. Citada pela agência Lusa, a EP admitiu que estão em curso «estudos técnicos» para avaliar o sistema atual de cobrança de portagens eletrónicas e definir «soluções que permitam a implementação de um modelo otimizado e mais eficiente do ponto de vista dos custos operacionais». As receitas com portagens são cobradas pelas próprias operadoras e depois transferidas para a EP, ao abrigo dos contratos de prestação de serviço celebrados com estas empresas.

Este procedimento, esclarece aquela empresa pública, tem vindo a ser alvo de um processo de controlo, registo e auditoria.

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