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Um resultado anunciado

Opinião

Os resultados das eleições para as autarquias locais da Guarda foram, na minha óptica, os esperados.

Na verdade, adivinhava-se (a tanto o conduziam os comportamentos dos principais protagonistas, a cobertura mediática e as reacções dos cidadãos anónimos) que a candidatura encabeçada pelo Eng.º Joaquim Valente obteria – não sendo apenas vencedora – um resultado mais robusto (comparativamente ao principal partido da oposição) do que aquele de há quatro anos atrás.

É que, pese embora não ser merecedora de tal resultado (o mandato que ora termina pautou-se pela inércia estratégica, pela omissão de iniciativas, bem como pela inexistência de um projecto que permitisse à Guarda dar um salto qualitativo em termos de desenvolvimento e crescimento económico), o principal partido da oposição perdeu por falta de comparência (hesitou, hesitou… e acabou fugindo das eleições, alienando as suas responsabilidades num cidadão independente – que fez o que pôde…). E pareceu alérgico a alianças eleitorais, que gerassem dinâmica de vitória, porque portadoras de programa e protagonistas a tanto conducentes.

Quanto ao CDS, obteve o resultado possível: mais votos do que nas anteriores eleições – o que é de louvar. Apresentou uma candidatura jovem, interessada, desinibida e com um programa portador dos mesmos predicados. Renovou as suas listas. Mexeu as águas.

Por: João Caramelo *

* mandatário da candidatura do CDS à Câmara da Guarda

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