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Um projecto com quatro anos

Obras da primeira fase deverão ser postas a concurso ainda este mês

A primeira fase da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) da Guarda foi recentemente candidatada aos fundos comunitários do INTERREG, mas o Plano de Negócios da sociedade foi aprovado em Setembro e assenta nesta fase inicial em 32 hectares com construção, divididos por 74 lotes, e um investimento previsto de 13 milhões de euros, suportados em 65 por cento nos programas regionais de Economia.

O projecto a instalar na Quinta dos Coviais, próximo da localidade da Gata, a poucos quilómetros da Guarda, já tem “luz verde” da secretaria de Estado do Ordenamento do Território no que toca à desafectação da área necessária da Reserva Ecológica Nacional.

O Plano de Pormenor, da autoria do arquitecto Bruno Soares, já está concluído e propõe o loteamento dos primeiros 32 hectares da plataforma, nove dos quais irão destinar-se prioritariamente à implantação de projectos âncora na área logística. Já a sede da sociedade deverá ficar instalada edifício com pavilhão multiusos. Entretanto, com a aprovação final do Plano de Negócios, após a conclusão do Plano de Pormenor e do estudo de Bruno Soares, estão também reunidas as condições para o aumento do capital social para perto de 1,5 milhões de euros e as formas de o fazer. O que no caso da Câmara da Guarda envolveu o terreno da Quinta dos Coviais, cujo valor ronda os 536 mil euros. No resto, tudo indica que a estrutura accionista deverá ser reformulada, nomeadamente com a entrada de uma entidade financeira e com “know-how” neste sector, para além do interesse já manifestado do Conselho Empresarial do Centro (CEC) e da Associação Portuguesa para o Investimento (API) em aderir ao projecto guardense.

Falta ainda acertar o preço dos lotes, sendo que o montante mínimo deverá rondar os 50 euros por metro quadrado, embora a lógica do projecto contemple um custo menor nos casos da área necessária ser maior.

A PLIE assenta nas vertentes de tecnopólo, logística, Área de Localização Empresarial (ALE) e serviços de apoio e investigação e desenvolvimento, estimando-se que possa gerar mais de um milhar de postos de trabalho na primeira fase do projecto. É uma sociedade com o capital social de 1,5 milhões de euros, com 11 accionistas: Câmara Municipal, NERGA, Associação de Comércio e Serviços do Distrito da Guarda (ACG), Ecosoros, Gonçalves & Gonçalves, IPE-Investimento e Participações Empresariais, grupo JOALTO, grupo Luís Simões, LUSOSCUT (concessionária da A25 auto-estrada das Beiras Litoral e Alta), Manuel Rodrigues Gouveia e SERVIHOMEM-Prestação de Serviços a Empresas. Vai ocupar uma área de cerca de 100 hectares na Quinta dos Coviais, perto da auto-estrada da Beira Interior (A23) e do caminho de ferro (linhas da Beira Baixa e Beira Alta).

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