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Um novo país

Editorial – Jornal das Empresas

Um dos problemas estruturais com que Portugal convive há muitas gerações é o da falta de formação. Se a alfabetização resolveu na base grande parte de um dos maiores problemas de uma sociedade moderna, o analfabetismo, a infoexclusão foi até há pouco tempo um segundo nível de problema: a incapacidade de produzir mais recorrendo à correta utilização das novas tecnologias.

O impressionante esforço feito pelo país e o apoio europeu em termos de formação está a alterar o paradigma nacional.

Portugal já não é, ou está a deixar de ser, um país de trabalhadores de baixa formação e pouca qualificação para ser, cada vez mais, um país com uma enorme capacidade de resposta em termos de mão-de-obra qualificada e especializada.

Mesmo sendo verdade que muitos dos que agora se qualificam não conseguem trabalhar em Portugal, a verdade é que ao emigrarem já não vão viver para o “bidonville” parisiense ou fazer trabalhos que mais ninguém quer, os trabalhadores portugueses que hoje partem vão disputar os melhores postos de trabalho onde quer que seja graças à sua formação e qualificação.

Em síntese, o enorme investimento feito na formação profissional nos últimos anos – seja a nível escolar e universitário, no ensino profissional ou noutras dimensões formativas, permite aos trabalhadores as melhores ferramentas para trabalharem e produzirem onde quer que seja.

Luis Baptista-Martins

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