Mais um golo apontado nos últimos minutos permitiu ao Sporting da Mêda partir para a última jornada a depender apenas de si próprio para conquistar o título de campeão. No entanto, o triunfo sobre o vizinho Desportivo de Trancoso foi tudo menos fácil, apesar do líder ter jogado grande parte do encontro em superioridade numérica.
Mais uma vez privada de Paulo João e sem um ponta-de-lança fixo, a Mêda entrou melhor e criou a primeira jogada de perigo aos 10’, mas Soares, em boa posição, não conseguiu cabecear a bola cruzada por Rebelo. Sem qualquer pressão, o Trancoso apareceu bem arrumado e quase marcou aos 21’, após um livre de Quim em zona frontal. Perto da meia hora, o “gigante” Teixeira viu dois amarelos no espaço de três minutos e deixou os visitantes reduzidos a 10. Aos 28’, a equipa da casa esteve perto de marcar, mas Ruben fez duas boas defesas a remates de Fernando e Roberto. A Mêda intensificou a pressão nesta fase e, aos 32’, voltou a estar perto do golo, valendo o corte de Galhardo em cima da linha a evitar que a bola cabeceada por Fernando entrasse. Aos 42’, Rogério tentou a sua sorte de fora da área, mas o esférico saiu muito por alto. Aos 44’ valeu uma grande defesa de Carlitos para evitar o golo de cabeça de Galhardo.
Mesmo com este aviso, a defesa da Mêda não “acordou” e, no canto, Quim inaugurou o marcador. Este golo foi um autêntico “balde de água fria” para as hostes medenses. Na segunda metade, tal como lhe competia, o líder entrou forte para dar a volta ao resultado. O empate surgiu logo aos 47’. Rogério cobrou um canto e Gato apareceu a cabecear de forma fulgurante. A equipa da casa animou e, aos 55’, Gaspar rematou forte à entrada da área mas por cima. Contudo, a Mêda ficou reduzida a 10 unidades quando Fernando, que tinha passado para a frente de ataque, foi expulso por o árbitro ter entendido que agrediu um opositor. Mas esta igualdade numérica durou apenas oito minutos, pois, aos 72’, foi a vez de Peixoto, também devido a agressão, ver o vermelho directo e deixar o Trancoso com nove jogadores. A partir daqui a Mêda intensificou ainda mais a pressão, embora sem criar perigo, por querer fazer tudo muito depressa.
Aos 89’, Ruben voltou a fazer mais uma boa defesa a livre directo de Rebelo. Mas, no minuto seguinte, o jovem guarda-redes socou a bola para a zona central da área onde apareceu Rogério a rematar sem hipóteses de defesa. O golo gerou uma “explosão” de alegria nos muitos adeptos da Mêda. Rui Fernandes cometeu alguns erros sem influência directa no resultado final de um jogo difícil de gerir pela atitude das duas equipas, tendo estado bem nos lances das expulsões.
Ricardo Cordeiro