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Um cheirinho a blues no TMG

“InBlues” é o primeiro festival do género na Guarda

Começa amanhã à noite o “InBlues” – Festival de Blues da Guarda, que inclui uma série de actuações repletas de irreverência, arrojo e originalidade. Os três concertos agendados acontecem no pequeno auditório do TMG, terminando o evento no dia 24.

O festival arranca com a actuação de Benjamin Darvill, mais conhecido por Son of Dave, que se apresenta em palco com o seu tradicional “look” de gangster. O britânico promete uma aventura carregada de músculo e espiritualidade, onde o bater de pé, a respiração e o timbre “fanhoso” da harmónica – filtrado por um velho microfone – marcam o ritmo da actuação deste elemento dos “Crash Test Dummies”. Para sábado está reservado o concerto da dupla norte-americana “Black Diamond Heavies”. Originários do Tenessee, John Wesley Myers e Van Campbell não enjeitam frequentes incursões ao punk e outros estilos, sem, no entanto, perder a sua tradição musical de raíz afro-americana. Para além dos originais, o duo interpretará ainda algumas versões de Lou Reed ou Tom Waits. Estes dois concertos são realizados em colaboração com o Teatro Académico Gil Vicente, de Coimbra. O “InBlues” termina no sábado seguinte com mais um concerto e um “workshop”.

No dia 24 sobem ao palco os “Autoblues”, uma dupla formada por José Luis Gutiérrez e Velma Powell, unidos pela tradição vanguardista do blues. A composição, arranjos e saxofone estão a cargo do espanhol, possuidor de um estilo original e que é, actualmente, uma das figuras mais relevantes da cena jazzística espanhola. Já Velma Powel, natural da cidade-berço do blues, Chicago, tem uma voz tórrida e emocionante. Instalada em Espanha desde a década de 90, gravou três discos e colabora em projectos diversos, como o Vargas Blues Band e o Christmas Blues, além de outras iniciativas da cena pop e jazz do país vizinho. Na véspera deste concerto final do primeiro Festival de Blues da Guarda decorre um “workshop” do músico e guitarrista Luís Lapa, que incluirá uma retrospectiva histórica do blues, como linguagem e estética e, já numa vertente prática, serão efectuados exercícios de improvisação, jogos musicais e prática instrumental de conjunto.

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