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Um cenário provável

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As eleições para o Parlamento vão ser a 27 de Setembro e surgem num cenário de cansaço da equipa governativa.. Costumo fazer umas apostas comigo próprio nesta altura e tentar antever um cenário que, bastando esperar, estará dentro de dias ao nosso alcance. Para mim, o PS vai ficar (se unido com a esquerda toda) acima do bipartido de centro direita. Mas o centro direita possivelmente consegue mais facilmente criar um governo, que a união quase impossível do PS com os grupos à sua esquerda. Assim um cenário de ingovernaçäo estaria presente. Outro cenário é a vitória PSD/CDS e desse modo um tempo de correcçäo das inflexões políticas anteriores. Mas se juntos conseguem maioria parlamentar o Eng Sócrates estará fora da política e com ele um conjunto de militantes e simpatizantes do próprio. O PS dos militantes reconhece-se pouco neste governo e nesta incapacidade de diálogo com as corporações e as pessoas em geral. O cenário da derrota do PS é muito claro surgindo a votaçao depois do início das aulas. Há 120.000 militantes anti-governo no grupo de professores que trabalham diariamente contra a toleima da Educação e sua Ministra. Têm uma acção concertada e activa. Não há perdão para quem os viu 3 vezes em números impressionantes nas ruas de Lisboa e os apoucou. O cenário da derrota do PS com um aumento do Bloco é aquele que mais vaticino. Mas muitos acham que o PS ganhará, sem maioria absoluta. O Governo de José Sócrates negociará a governação com o Bloco de Francisco Louçã? Este é outro cenário perverso e de crise para os próximos anos. Mas porque insisto tanto na derrota do PS? Novamente porque em vez de enfrentar os temas fundamentais de frente Sócrates insiste em se fazer passar por esquerdista, liberal e tolerante numa campanha absolutamente desfocada da realidade. Hoje o PS discute o casamento gay e a união de facto, discute a adopção de menores por parelhas gay, retirando ao Bloco os seus slogans, enevoando os conteúdos. De facto os portugueses preferiam um PS a discutir e a abordar as políticas que adoptou e a informar do que delas tenciona manter. Estamos desempregados, zangados, sem dinheiro para devaneios e pouco pacientes para a demagogia. Forte abraço camarada.

Por: Diogo Cabrita

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