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Últimos dias para ver o “Eflúvio Magnético”

Exposição inspirada em modelos teóricos pseudo-científicos ou paranormais termina domingo no TMG

Os guardenses têm até domingo para ver a intrigante exposição “Eflúvio Magnético”, na galeria de arte do TMG. Esta produção da lisboeta Galeria Zé dos Bois (ZDB) e do Teatro Municipal da Guarda (TMG) reúne fotografia, instalação e projecções de vídeo, desenvolvidos nos últimos dois anos pela dupla Pedro Paiva e João Maria Gusmão, ambos galardoados com o prémio “EDP Jovens Artistas” de 2004.

A mostra é o resultado de um projecto de investigação de carácter experimental, iniciado em 2003 após a leitura do episódio sobre uma tempestade no canal da Mancha – o Eflúvio Magnético – narrado por Victor Hugo no romance “O Homem que Ri”. «Um fenómeno meteorológico cuja manifestação se colocava sempre à margem do compreensível e do comunicável», explicam os autores no seu site (www.efluviomagnetico.com). Esta exposição foi seleccionada para representar Portugal na Bienal de Artes de S. Paulo (Brasil). A acompanhar a mostra são fornecidas duas publicações com referências de vários autores como Victor Hugo ou Friedrich Nietzsche, entre outros. Segundo Natxo Checa, comissário da exposição, o trabalho de Pedro Paiva e João Maria Gusmão é identificável na «singularidade das suas propostas, processos e métodos de criação, para além da produção de discurso filosófico». E acrescenta que «a sua imagética tem origem em experiências com modelos teóricos pseudo-científicos ou paranormais, compondo um universo e referências que reveste as obras de um carácter documental».

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