O jogo foi disputado numa tarde de domingo muito chuvosa que contribuiu para que o relvado do Estádio Municipal de Seia ficasse bastante empapado e escorregadio. Deste modo, o futebol não poderia ser de grande qualidade, com a bola, por vezes, a não deslizar e a ficar presa nos charcos, enquanto que por outras deslizou a grande velocidade. Debaixo de todos estes condicionalismos, e com o jogo bastante disputado a meio campo, o Seia foi feliz na obtenção do primeiro golo, por intermédio de Cardoso aos 16 . O avançado senense aproveitou bem um cruzamento vindo da direita, com a bola a ficar presa num charco, chegando primeiro que o guarda-redes para inaugurar o marcador. O Manteigas não acusou o golo sofrido, pois na resposta o irrequieto João Biló poderia ter feito melhor que rematar ao lado da baliza de Miranda. As oportunidades sucediam-se e repartiam-se pelas duas equipas, mas foi o Seia quem dispôs de mais ocasiões. Chegou-se ao intervalo com o resultado em 1-0 e se a equipa da casa teve sorte na obtenção do seu golo, o mesmo não pode dizer-se da turma forasteira, já que João Biló, depois de conseguir um belo chapéu a Miranda, viu a bola parar no terreno empapado.
Apenas três minutos depois do intervalo, o UD Seia marcou o segundo golo que lhe conferiu uma maior tranquilidade. Após um canto marcado na esquerda, Fábio fez uma primeira defesa com a bola a sobrar para a pequena área, com os defesas do Manteigas a não conseguirem aliviar o esférico e Cardoso, mais uma vez no lugar certo, não perdoou e fez o segundo golo para o União. Apesar da desvantagem de dois golos, o Manteigas pouco perigo criou e o melhor que conseguiu foi um remate à trave da baliza de Miranda. Na segunda parte, o UDSeia continuou a dominar, com o terceiro golo a chegar nos últimos minutos, de grande penalidade, após nova jogada caricata, onde o estado do terreno foi mais uma vez o principal causador. Renato Gonçalves entendeu que Marques jogou a bola com a mão após uma jogada bastante confusa, com o médio a receber ordem de expulsão por ver o segundo amarelo. Chamado a marcar, Cardoso não falhou e consumou o seu “hat-trick”.
Arlindo Marques/ jornal Porta da Estrela
