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UBI e IPG com mais novos alunos do que em 2008

Primeira fase de acesso ao ensino superior com taxa de ocupação de 93 por cento na UBI e de 53 no IPG

A Universidade da Beira Interior (UBI) e o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vão receber neste arranque de ano lectivo mais caloiros do que em 2008. No total, foram admitidos nas duas instituições 1.606 novos alunos, com a UBI a conseguir captar 1.183. O IPG ficou-se pelas 420 vagas preenchidas e é o segundo estabelecimento de ensino menos procurado a nível nacional. Ainda assim, a instituição da Guarda conseguiu uma subida de cinco pontos percentuais em relação ao ano passado.

Nesta primeira fase de candidaturas, a UBI chega aos 93 por cento de taxa de ocupação, mais um por cento do que em 2008, acolhendo mais 18 alunos. No topo da procura esteve, uma vez mais, o curso de Medicina, que ofereceu 115 lugares e que, de acordo com os dados da universidade, recebeu cerca de 2.000 candidaturas. Este ano, a média do último aluno a ser admitido para o curso foi ligeiramente mais baixa, fixando-se nos 178,5 valores (em 2008 foi de 179,2). Os outros cursos com notas mais altas foram Ciências Farmacêuticas (167,0), licenciatura que tem este ano a média mais elevada em todo o país, Ciências Biomédicas (155,9) e Arquitectura (150,4). Em destaque está também o estreante curso de Bioengenharia, pois foram preenchidos os 30 lugares disponíveis. Das 29 licenciaturas leccionadas na UBI, apenas seis ficaram com vagas por ocupar nesta fase: Filosofia (18), Engenharia Civil (17), Matemática (18), Química Industrial (24), Tecnologias e Sistemas da Informação (3) e Estudos Portugueses e Espanhóis (7).

Matemática, que reabre após dois anos sem vagas, e Filosofia, agora em regime pós-laboral, foram, de resto, os que menos candidaturas receberam, com apenas dois colocados cada. Foi exactamente em Matemática que se registou a nota de entrada mais baixa, de 113,1, da universidade. «Estou muito satisfeito com os resultados porque a UBI teve uma procura muito grande», analisa João Queiroz, ao referir que «perto de metade dos cursos registou mais de 200 candidaturas». O sucesso de Medicina é sublinhado pelo reitor, que realça também o caso de Ciências Farmacêuticas por ter sido «procurado por 520 candidatos». No que toca à Filosofia e Matemática, João Queiroz lamenta a fraca procura, mas defende que «são cursos de base universitária e, como tal, têm de continuar a oferecer vagas». O responsável mostra-se optimista quanto à segunda e terceira fases de candidaturas, até porque a UBI está «já muito perto da lotação».

IPG estima ocupação final entre os 85 e 90 por cento

Quanto ao IPG, deixou de ser a instituição menos procurada do país, uma posição que é agora ocupada pelo Instituto Politécnico de Tomar. O estabelecimento de ensino da Guarda regista este ano uma taxa de colocação de 53 por cento. Comparativamente a 2008, recebe nesta primeira fase mais 38 novos alunos, tendo ficado lotados cinco dos seus 21 cursos. São eles Desporto, Gestão, Gestão Hoteleira, Enfermagem e Farmácia. As notas mais altas estão em Farmácia (144, 2), Enfermagem (136,6) e Gestão (129,8). Ao invés, destaca-se um curso com nota negativa: Secretariado e Assessoria de Direcção (97,0). O novo curso de Comunicação Multimédia não teve grande estreia: já que apenas 16 alunos foram colocados quando tinha 60 vagas. Os menos procurados foram Contabilidade e Engenharia do Ambiente, ambos com com seis alunos.

Relativamente aos 16 cursos com vagas disponíveis, só dois conseguiram uma taxa de colocação acima dos 50 por cento, Gestão de Recursos Humanos e Design de Equipamento. Na análise aos números, o presidente do IPG constata que «a larguíssima maioria dos politécnicos teve taxas de colocação mais baixas este ano», exceptuando os que estão situados nos grandes centros urbanos, pelo que o Instituto da Guarda aparece como «uma das excepções». Para Jorge Mendes, «há ainda preconceitos em relação ao ensino politécnico e os candidatos preferem as universidades». Lembrando que no ano passado o IPG registou uma taxa de ocupação de 48 por cento na primeira fase e depois conseguiu chegar aos 92 por cento, o responsável diz-se confiante nos concursos que se seguem: «Com as segunda e terceira fases e ainda com os maiores de 23 anos, acredito que o resultado final se situará entre os 85 e os 90 por cento», antevê.

A procura do novo curso ficou «muito abaixo das nossas expectativas», afirma este responsável, que estima que Comunicação Multimédia possa alcançar uma ocupação de pelo menos 50 por cento na segunda fase. Licenciaturas como Enfermagem (segundo semestre), Marketing ou Animação Sociocultural deverão ser das que receberão mais candidaturas na segunda fase, de acordo com as estimativas de Jorge Mendes. No entanto, o presidente do IPG entende que estes resultados devem «motivar uma reflexão interna», nomeadamente no caso de Enfermagem, com «a possibilidade de se passar a optar por uma única entrada», abandonando-se as habituais vagas para o segundo semestre.

As matrículas começaram na última segunda-feira

UBI e IPG com mais novos alunos do que em
        2008

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