Um aluno da UBI criou uma aplicação para “smartphone” ou “tablet” que recorda aos pacientes os medicamentos que devem tomar e a que horas, mas serve também para avaliar a dor que estão a sentir de acordo com uma escala numérica.
O “Doctor Mobille”, assim se chama, é o resultado de uma tese de doutoramento de Nuno Pombo e foi testado durante oito meses na Unidade de Ambulatório do Hospital Sousa Martins, na Guarda, por cerca de 80 pacientes com dor aguda. O investigador adianta que a novidade deste sistema está em permitir a ligação do utente ao médico, além de dispor de vários algoritmos que tratam a informação inserida pelo paciente e auxiliar a decisão médica. «Os dados são analisados posteriormente num sistema computadorizado, também desenvolvido no âmbito deste trabalho, e os resultados poderão determinar a mudança no tratamento, intensificar a dosagem ou alterar um medicamento», refere.
O projeto foi desenvolvido em parceria com a PT e a Sapo, havendo já hospitais estrangeiros, «nomeadamente do Reino Unidos e do sudoeste asiático, que pretendem aplicar este sistema às suas realidades», revela Nuno Pombo. Entretanto, está previsto um ensaio clínico no Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB). Segundo o investigador, um dos objetivos é conseguir que o “Doctor Mobile” seja prescrito «como um medicamento e faça parte do protocolo de tratamento dos doentes com dor aguda e crónica». A UBI acrescenta que o dispositivo tem um potencial mercado de três milhões de portugueses que sofrem de dor crónica.
