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Túnel de ligação das barragens de Sabugal e Meimoa concluído

Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural assinou ontem concessão para a central hidroeléctrica do Sabugal

A construção do túnel que vai ligar as barragens de Sabugal e Meimoa, no âmbito do Plano de Regadio da Cova da Beira, terminou ontem, um acto assinalado com uma cerimónia presidida pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Rural.

O túnel, com 4.127 metros, integra o Plano de Regadio da Cova da Beira, pertence circuito hidráulico Sabugal/Meimoa e deverá transferir caudais da albufeira construída no curso do rio Côa na Senhora da Graça (Sabugal) para a Meimoa (Penamacor).

A água a transferir vai servir para regadio de 14.400 hectares de terreno agrícola nos concelhos de Sabugal, Fundão, Penamacor e Covilhã e para abastecimento público dos concelhos de Fundão e Penamacor. O investimento daquele circuito hidráulico corresponde a 14,2 milhões de euros, prevendo-se que esteja totalmente concluído em Dezembro de 2005, segundo a estimativa do Ministério da Agricultura. A transferência de água entre as duas albufeiras corresponde a uma queda de 200 metros, o que vai permitir a produção de energia eléctrica através de uma central a jusante do circuito hidráulico Sabugal/Meimoa, com uma potência de 10 Megawatts. Segundo uma nota do gabinete do secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Bianchi de Aguiar, «a construção desta central mini-hídrica vem contribuir de forma significativa para que Portugal atinja as metas indicativas para a produção de energia eléctrica através de fontes renováveis». O mesmo comunicado destaca ainda o facto das infraestruturas em construção terem tido «em grande atenção a preservação do ambiente e da biodiversidade das espécies presentes nas albufeiras interligadas pelo circuito». Nesse sentido, foi instalado um sistema de protecção e repulsão das espécies na tomada de água do túnel de forma a minimizar a possibilidade de transferência da albufeira do Sabugal para a Meimoa. Dado que a saída a jusante do túnel se localiza no Parque Natural da Serra da Malcata, os inertes extraídos das obras de escavação foram depositados a montante e utilizados como camada de revestimento de caminhos agrícolas e rurais das freguesias próximas de concelhos limítrofes. Este sistema é tido pelos especialistas como inovador ao nível nacional.

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