Cláudia Teixeira ainda chegou a acreditar, no domingo à noite, que seria eleita vereadora, mas os 1.261 votos obtidos não foram suficientes para conseguir o ansiado mandato na Câmara da Guarda. O Hotel Turismo acabou por não ser palco de festa, com a candidata centrista a confessar «alguma desilusão» e a queixar-se da falta de «mobilização humana», a nível local, para a campanha.
Comparativamente a 2005, o CDS arrecadou mais 101 escrutínios. Dos 1.261 votos conseguidos, mais de metade vieram das freguesias urbanas de S. Vicente (341) e Sé (266), tendo o partido alcançado as melhores prestações em Monte Margarida (15,38 por cento), Mizarela (11,33) e Pousade (8,89). Para a Assembleia Municipal, obteve 1.492 votos, o que não deu para aumentar o número de deputados, mantendo-se os três eleitos.
«Aquilo que mais assusta neste momento é a expressiva maioria absoluta [do PS], que julgo vai deixar os partidos da oposição com um trabalho bastante difícil», declarou Cláudia Teixeira, revelando um «sentimento de tristeza» por não ter sido eleita. Apesar do CDS não ter conseguido atingir os seus objectivos, a centrista anunciou que o partido sai com «mais força» destas eleições: «Vamos continuar a fazer as acções de rua, uma vez por mês, o que nos vai dar uma margem de contacto com os guardenses bastante assídua», adiantou.
Questionada sobre o que terá falhado para não ter conseguido chegar à vereação, a candidata sublinhou que «não se conseguem fazer campanhas sem mobilização humana», deixando transparecer que a estrutura local terá ficado aquém das suas expectativas. Constatando que a sua candidatura até mereceu o envolvimento de Paulo Portas, Nuno Melo e Hélder Amaral, Cláudia Teixeira considerou que «faltou, se calhar, alguma maturidade política para podermos traduzir esse apoio nacional naquilo que é o contacto de rua. Temos de crescer politicamente», concluiu. E acrescentou que se anunciam mudanças na concelhia: «Todos os actos eleitorais trazem mudanças e existirão, com toda a certeza, no PS, PSD e no CDS, que não é diferente».