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Triplicou número de portugueses sem dinheiro para irem ao médico

Em seis anos, triplicou o número de portugueses que deixaram de ir ao médico por falta de dinheiro. Segundo dados do relatório “Health at Glance: Europa 2016”, apresentado na Comissão Europeia esta quarta-feira, entre 2008 e 2014 a percentagem de portugueses sem capacidade para aceder a cuidados médicos aumentou de 2,2 para 6,3 por cento, o que representa o crescimento mais significativo na Europa.

Na Grécia, onde a crise afetou também a capacidade de as pessoas consultarem um médico em caso de necessidade, a percentagem subiu de 4 para perto de 10 por cento. Consequência desta realidade, alerta o relatório, agravou-se a desigualdade no acesso à saúde, com a população mais pobre a representar a maior fatia entre quem não recebe cuidados clínicos.

Exemplos de países onde o problema é menos expressivo são a Áustria, Holanda, Eslovénia, Luxemburgo e Espanha, onde a percentagem de população que refere necessidades de saúde não satisfeitas fica abaixo de 1 por cento.

Em matéria de saúde dentária, a Letónia apresenta a mais alta percentagem da população sem acesso a cuidados da especialidade (18 por cento), com Portugal, Grécia e Itália a registarem percentagens igualmente significativas, especialmente entre os grupos com menores rendimentos.

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