Uma homenagem ao realizador Manoel de Oliveira, uma pequena retrospetiva dedicada a António Reis e sessões especiais sobre Charlie Chaplin e os irmãos Lumière são os principais argumentos do primeiro festival internacional de cinema de Vila Nova de Foz Côa, que vai decorrer entre 29 de setembro e 2 de outubro.
O Cinecoa vai exibir mais de 20 filmes dos primórdios do cinema aos nossos dias, dez dos quais rodados na região do Douro Superior. Participam ainda a atriz Ludivine Sagnier e o cineasta e argumentista Jacques Fieschi, que têm carta branca para a escolha de filmes, enquanto o presidente do Institut Lumière, sedeado em Lyon (França), apresentará uma sessão sobre os irmãos pioneiros do cinema. Por outro lado, o pianista Bernardo Sassetti e a cantora Filipa Pais vão interpretar música ao vivo durante a projeção do clássico português “Maria do Mar”, de Leitão de Barros. As sessões, todas com entrada gratuita, decorrem no auditório municipal de Foz Côa e no Museu do Côa. Segundo a organização, a cargo da autarquia e da produtora Periferia Filmes, o festival pretende ser um dos quatro eventos anuais para atrair visitantes ao concelho duriense.
«É uma das regiões portuguesas de maior potencial turístico, com os Patrimónios Mundiais do Douro Vinhateiro e das gravuras rupestres do Vale do Côa, ao qual está associado o Museu do Côa», afirmou Gustavo Duarte na apresentação do Cinecoa, na semana passada no Porto. O presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa referiu que, a par das tradicionais festas das amendoeiras em flor, a autarquia decidiu criar um evento para a juventude, um festival de cinema e um certame internacional do vinho, cuja primeira edição está planeada para maio ou junho de 2012. Gustavo Duarte, que também preside ao Cinecoa, adiantou que o festival terá um custo de «15 a 20 mil euros», o correspondente a «10/15 por cento do que a autarquia dá anualmente às duas equipas de futebol do concelho». O cineasta João Trabulo é o diretor artístico desta mostra e António Rodrigues o seu curador.