O professor de Educação Visual da Escola Guilherme Correia Carvalho, em Seia, que estava indiciado de assediar sexualmente três alunas de 12 e 13 anos foi condenado na semana passada a uma pena suspensa de quatro anos e meio de prisão.
Segundo o acórdão do Tribunal de Seia, o docente de 55 anos ficou ainda inibido de dar aulas a crianças durante dez anos, tendo sido dado como provados, na generalidade, os factos de que o professor era acusado. O caso foi denunciado em 2009 pela mãe de uma das jovens à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco de Seia após ter sido confrontada com emails com conteúdo pornográfico e mensagens de cariz sexual em sítios de conversação alegadamente enviadas às menores pelo docente.
A investigação esteve a cargo da PJ da Guarda, mas o indivíduo continuou a dar aulas até ao ano letivo transato. Na altura, o presidente do Agrupamento de Escolas Guilherme Correia de Carvalho disse saber que «houve trocas de emails entre as alunas e o professor». Apesar disso, João Viveiro, que faz parte da Comissão de Proteção de Menores, manteve o suspeito em funções, o que justificou por não haver «uma única queixa formal» contra o professor. «A justiça que cumpra o seu trabalho ou que me diga o que hei-de fazer», acrescentou. Contudo, notificou o docente para entregar o equipamento informático e vedou-lhe o acesso à Internet na escola. Durante as investigações foram-lhe apreendidos dois computadores. Entretanto, o advogado do docente anunciou que vai recorrer do acórdão.