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Três listas disputam hoje a direcção da AAUBI

Apesar de se desconhecer a situação financeira da associação, estas são as eleições mais disputadas em dez anos

Com seis matrículas – quatro em Engenharia da Produção e Gestão Industrial (EPGI) e duas em Psicologia – Carlos Garcia tem a seu favor a experiência de ter estado durante quatro anos em órgãos da AAUBI: um na direcção e os restantes na mesa da AGA. A acompanhá-lo estão alguns elementos de direcções antigas, entre os quais dois desta que se encontra a findar o mandato: Artur Patuleia e Bruno Carneiro, que ocupavam os cargos de secretário-geral e tesoureiro, respectivamente. No entanto, esta «não é uma lista de continuidade», ressalva Carlos Garcia, mas uma lista que reúne elementos de várias direcções anteriores com «vontade de trabalhar» para «reinsurgir contra a inactividade» que se tem assistido ao longo dos últimos anos na academia.

A aposta em “sangue novo”

Apesar de estar apenas há dois anos na UBI, no curso de Ciências da Comunicação, Rui Mota, candidato pela lista “U”, é já uma cara sobejamente conhecida entre a comunidade estudantil. Manteve-se sempre a par dos acontecimentos e colaborou com as anteriores direcções na realização de actividades e manifestações estudantis. Foi também um dos impulsionadores do “Movimento pel’Academia” que surgiu no ano passado para apoiar a candidatura de uma lista à mesa da Assembleia Geral e apelar à intervenção dos estudantes. Sob o lema “Unir e Inovar em Busca da Mudança”, Rui Mota propõe uma lista composta por «colegas muito novos e sem vícios» e pessoas «muito experientes» que também já passaram pela AAUBI em direcções anteriores. Mas contrariamente a Carlos Garcia, o líder da lista “U” não se coíbe em «culpar» toda a direcção actual pelo facto da associação estar a enfrentar uma das maiores crises de sempre. «Pior do que este ano é impossível», sustenta. «A academia não despertou, bateu no fundo e a culpa é de toda a direcção», acrescenta, considerando que os actuais dirigentes terão que assumir as responsabilidades financeiras em caso de risco.

Opinião partilhada pelo candidato pela lista “C”, Nuno Costa, estudante do curso de Economia, que refere mesmo que a actual direcção fez «um mau trabalho». «Este ano a AAUBI praticamente não existiu. Basicamente o que se fez foi contestação, semana académica e recepção ao caloiro», critica, assegurando que a sua equipa vai «trabalhar para devolver a associação académica à cidade e à academia». Caso ganhe as eleições, o primeiro passo do ex-presidente do núcleo de Economia é «passar as contas a pente fino» para «apurar responsabilidades» em caso de anomalias, garante.

Liliana Correia

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