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Três “chefs” rendidos ao borrego da Marofa

Município de Figueira de Castelo Rodrigo quer colocar concelho nos roteiros gastronómicos da região e vai apostar na certificação do borrego

Três “chefs” – um português, um chileno e um irlandês, todos radicados em Lisboa – puseram o borrego da Marofa à prova no sábado, num jantar destinado a promover esta iguaria tradicional de Figueira de Castelo Rodrigo. André Magalhães, Leonardo Guzman e Connor Gillen aceitaram o desafio do presidente da Assembleia Municipal e surpreenderam os comensais com uma sopa judaica, um arroz de miúdos e um borrego assado no forno.

Promover este e outros produtos locais é o objetivo da autarquia, que quer colocar o concelho nos roteiros gastronómicos da região e já agendou para o próximo ano uma

semana dedicada ao borrego da Marofa nos restaurantes do concelho. «Queremos criar um prato típico e espero que consigamos certificar o borrego da Marofa, esse é o nosso objetivo e é para isso que vamos trabalhar», afirmou Paulo Langrouva. O presidente do município, eleito pelo PS nas últimas autárquicas, considera que é preciso «aproveitar as potencialidades e os recursos endógenos da região, pois temos produtos de qualidade e potencial para os explorar», sendo que iniciativas como esta são «importantes para os divulgar». Já o promotor da iniciativa acrescentou que «não basta sabermos que temos um bom produto, o que é preciso é marcar a diferença e demonstrar que há qualidade» e para isso nada melhor que convidar “chefs” radicados em Lisboa.

«O objetivo é que eles sejam os embaixadores do borrego da Marofa. Quando fizermos a iniciativa em Lisboa, possivelmente no próximo mês, haverá outros “chefs” e o que queremos é que o divulguem nos seus restaurantes. Esta é que a mais-valia deste evento», sustentou Feliciano Martins, presidente da Assembleia Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo. Realizado no restaurante “Transmontano”, o jantar terminou com sessões de “showcooking” onde os “chefs” convidados apresentaram novas sugestões para cozinhar o borrego, uma matéria-prima que encheu as medidas de André Magalhães, Leonardo Guzman e Connor Gillen. O português foi o porta-voz dessa unanimidade: «O produto é realmente extraordinário. Ficámos de boca aberta com a qualidade do vosso borrego», afirmou o cozinheiro, desafiando os figueirenses a apostar na gastronomia, que é «uma alavanca importante para a economia local».

De resto, para André Magalhães, só falta chamar os borregos pelos nomes, pois «o da Marofa está à venda em Lisboa, mas não dizem a sua origem», pelo que é preciso divulgá-lo. Veja a reportagem em O INTERIOR.tv

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