A minha experiência no mundo do Jazz foi algo completamente ao acaso. Tudo se passou na fase de mudança para muitos jovens: entrada no ensino superior, nova cidade e nova vida. Pretendia continuar os meus estudos no Conservatório e concluir o curso básico de saxofone (5 anos). No entanto, como já era tarde para me inscrever (e como não podia perder o jeito), decidi inscrever-me na Escola de Jazz do Porto.
Fui integrado num “combo” (conjunto) e tive aulas de improvisação. A minha maior dificuldade foi improvisar e quem pensa que consiste apenas em gerar notas aleatórias desengane-se! É preciso conhecer algumas técnicas e saber aplicá-las no momento e também depende da música em si, bem como do próprio ambiente. Por outro lado, pelo facto de o Jazz estar relacionado com improvisação, ficava muito menos nervoso em concertos (comparando com o Clássico), isto porque “qualquer engano continua a ser Jazz” e não temos de cumprir regras ao pormenor. Toquei músicas de Horace Silver, Cannonball Adderley, Paul Desmond entre outros. Gostei muito da experiência e completou a minha formação como músico.
Gosto de ouvir música variada, no entanto interesso-me particularmente por Brass Bands, que são grupos de metais, e cuja sonoridade é baseada em grande parte no Jazz, mas com fusão de estilos (pop, funk, rhythm’n’blues e até hip-hop). Os meus preferidos são: Dirty Dozen Brass Band, Brass Monkey Brass Band, Mama’s Digdown e YoungBlood Brass Band. Do gosto à prática, e em jeito de brincadeira, acabei por formar o meu “grupo” (www.myspace.com/carlosaxbrassband).
Carlos Galinho Pires*
*Carlos Galinho Pires tem 21 anos e foi aluno na ESAA. Actualmente está a frequentar o Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.