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Bilhete Postal

Tenho uma experiência partilhável. Pago todos os meses dezenas de euros de vários telemóveis. Pago e tenho mesmo de o fazer ou eles calam-se. Pago taxas diferentes para o mesmo serviço mas de companhias distintas. Pago e pago mesmo, ou eles calam-me. Mas eles não me pagam os lugares em que não tenho rede. Eles não se preocupam em corrigir o serviço horário, em ter uma competição fronteiriça com as redes espanholas. Aquilo é um verbo-de-encher. Eu pago e eles dão-me o que querem. No Senegal, a meio caminho entre a Gambia e a Mauritânia, num deserto com chacais e gado dirigido por crianças, ali onde os 40 graus são Inverno, o meu telefone tinha rede e falei com o Filipe Barreiros. Era a vodafone francesa a dar cartas, a mostrar como se faz. Em Coimbra, ali no Manuel Júlio não consigo contactar ninguém. Ali nos montes do Minho tenho zero redes no ar. E pago ou calam-me de vez. Esta é uma das minhas revoltas. As empresas num território sem leis e sem auditorias fazem o que querem e sobra tempo. Estamos despojados e sem resposta. Telefones mais caros da Europa. Maior Iva da Europa, menos direitos e mais lenta Justiça. Caramba, “lá vai barão!”

Por: Diogo Cabrita

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