A Câmara da Guarda vai abrir o concurso para a construção de um acesso pedonal coberto entre o parque de estacionamento e a entrada do Teatro Municipal (TMG).
O procedimento foi aprovado na reunião do executivo da última segunda-feira e terá um preço-base de cerca de 300.447 euros. A estrutura foi desenhada por Carlos Veloso, o arquiteto que projetou o TMG, e vai suprir «uma lacuna do projeto», disse o vice-presidente do município, que presidiu à sessão. «Não existindo uma rua de acesso à entrada principal do edifício, pelo lado do atual quartel da GNR, está é para já a solução encontrada», acrescentou Carlos Chaves Monteiro no final da reunião, considerando que esta estrutura permitirá «maior comodidade e conforto» aos utilizadores do TMG. Na segunda-feira, os vereadores socialistas insistiram na polémica da praia fluvial do Caldeirão, cujos trabalhos foram suspensos na sexta-feira. «É uma vergonha e revela a falta de planeamento e de rigor da Câmara», disse Eduardo Brito, realçando que «já passou um ano e o equipamento ainda não está pronto».
Para o socialista, o «mais grave» deste caso é o equipamento já estar a ser utilizado pelos banhistas sem vigilância ou segurança. «A Câmara é que é responsável se houver algum problema naquele espaço», avisou. Por sua vez, Pedro Fonseca alertou para a degradação de equipamentos e espaços públicos, como os polivalentes dos bairros da cidade e o parque infantil do Bairro da Luz. «São espaços votados ao abandono e que confirmam que, para a maioria, o que está longe da vista está longe do coração», disse o vereador do PS. Na resposta, Carlos Chaves Monteiro esclareceu que no acesso à piscina fluvial do Caldeirão há uma placa que alerta os banhistas para o facto de ser um espaço não vigiado. Quanto ao atraso nos trabalhos – faltará apenas concluir a instalação dos balneários e sanitários –, o vice-presidente justifica que «a opção da Câmara foi suspender as obras até ao final da época balnear para serem retomadas em meados de setembro com vista à sua conclusão».
«Quisemos dar prevalência aos banhistas, o espaço tem hoje mais e melhores condições, mas o atraso não nos pode ser imputado porque há fatores que a Câmara não controla», acrescentou o vice-presidente. Em termos de custos, o projeto já custou «134 mil euros (só pela instalação da piscina), mais 45 mil euros na aquisição de um contentor para balneário e os custos dos trabalhos, devidamente contratualizados», disse Chaves Monteiro. Sobre a degradação dos equipamentos nos bairros da cidade, o autarca adiantou que foi elaborado um plano de trabalhos para a sua requalificação que obedece «a critérios de procura e utilização dos mesmos e de racionalidade dos gastos porque os recursos financeiros são escassos».
Luis Martins