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«Temos que nos esforçar para desenvolver o atletismo no distrito»

Cara a Cara – Entrevista

P – Que motivos levaram à realização da 24ª edição do Olímpico Jovem na Covilhã, uma iniciativa promovida pela primeira vez no distrito?

R – Quando falámos com a Câmara da Covilhã para fazer esta iniciativa, a ideia era atrair muitos jovens, mas também algumas pessoas do concelho e do distrito para este desporto. Em termos de pistas de atletismo, o distrito de Castelo Branco não está muito equipado, pelo que o atletismo continua a ser praticado nas estradas. Esse é um problema que temos que combater.

P – Há falta de pistas no distrito?

R -Neste momento temos quatro pistas em todo o distrito. Duas em Castelo Branco (uma na Escola Superior Agrária e outra pertencente a um clube), uma em Monfortinho e na Covilhã. No entanto, esta última é a única com oito corredores, pois as restantes têm apenas seis. O único problema é que a maioria das provas nacionais exigem uma pista com oito corredores. Ainda bem que existe esta no Complexo Desportivo da Covilhã, pois sei que podemos recorrer a ela sempre que necessitarmos.

P – Devia haver mais infraestruturas desta natureza?

R – Nós vamos tendo pistas. O que precisávamos era que houvesse noutros locais, como no Fundão, por exemplo. Quanto mais próximo estiver e com capacidade, mais atraem as pessoas para esta modalidade. Mas o desenvolvimento do atletismo passa sobretudo pelos clubes, que têm que pensar que o desporto não é só futebol. É claro que os desportos com bola cativam mais pessoas, mas há muita gente que gosta de atletismo, apesar de ser uma modalidade individual e que exige mais sacrifício. Temos que fazer um esforço para desenvolver o atletismo no distrito.

P – E o que está a ser feito nesse sentido?

R – Há uma aproximação do atletismo com o desporto escolar para que haja provas em conjunto. Penso que é importante fazerem-se actividades ligadas ao atletismo nas escolas, já que temos atletas bons e há que aproveitar o seu valor. Mas têm que ser os clubes a juntá-los, porque a Associação não tem meios.

P – Esta iniciativa privilegia o atletismo distrital?

R – Sim. E privilegia também a própria região. Ao todo estiveram aqui mais de 700 jovens, dos 18 distritos do continente, Madeira, Açores e uma delegação de Macau. É claro que muitos dos pais vieram assistir às provas dos filhos, por isso, divulgámos a região turisticamente.

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