As tarifas dos sistemas multimunicipais de resíduos para 2015 sofreram uma redução global de cerca de 3 por cento face ao ano anterior, de acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). No caso da Resiestrela, concessionária desse serviço na região, essa diminuição é de 4,8 por cento.
«Esta redução resultou do processo de análise das propostas de orçamento e projeto tarifário apresentados pelas concessionárias dos sistemas multimunicipais», explicou aquela entidade em comunicado divulgado na semana passada. A ERSAR revela que as tarifas para 2015 registam a maior descida na SulDouro (Sul do Douro), que passam de 23,35 euros para 20,79 (-11,0 por cento) e na Valorminho (Minho), que passam de 19,96 euros para 18,78 euros (-5,9 por cento). Seguem-se as empresas Algar (Algarve, -4,9 por cento), Resiestrela (Beira Interior, -4,8), Amarsul (Margem Sul do Tejo, -3,9), Valorlis (Alta Estremadura, -3,8), Valorsul (Grande Lisboa e Região Oeste, -3,4), Ersuc (Litoral Centro, -2,9%), Valnor (concelhos do Alentejo e da região de Santarém e de Castelo Branco, -2,7), Braval (Baixo Cávado, 0,0), Resulima (Vale do Lima e Baixo Cávado, 0,4) e Resinorte (Norte Central, 0,5).
«A relativa dispersão de tarifas, entre 18,07 [Resulima] e 38,96 [Resiestrela] euros/tonelada, resulta do facto das empresas operarem em mercados com características distintas (urbanas e rurais) e aplicarem tecnologias diferenciadas (deposição em aterro, digestão anaeróbia, tratamento mecânico, compostagem e incineração)», justifica a ERSAR. A entidade reguladora explica ainda que com a entrada em vigor, no dia 1 de abril de 2014, dos seus novos estatutos, passou a ser sua atribuição fixar as tarifas dos sistemas multimunicipais de gestão de resíduos, o que se verificou pela primeira vez relativamente às tarifas de 2015.
No comunicado, a ERSAR recorda que existem atualmente 12 concessões gestoras de sistemas multimunicipais, os quais prestam serviços a 180 municípios, abrangendo 6,5 milhões de habitantes em Portugal continental. Onze dessas concessões são detidas maioritariamente pela Empresa Geral de Fomento, do Grupo Águas de Portugal.
