O preço da água vai ser gradualmente igual em todo o país a partir do próximo ano, esteja o cliente numa grande cidade ou numa pequena aldeia, anunciou hoje Manuel Frexes, administrador da Águas de Portugal.
A estratégia prevê «períodos de convergência» de alguns anos para os casos com maiores correções, para que «não haja subidas drásticas de preços», adiantou. O valor deverá situar-se entre 2,5 e três euros e permite respeitar «recomendações nacionais e europeias», segundo as quais «a fatura da água, como bem essencial, não deve ultrapassar dois a três por cento do rendimento das famílias».
O objetivo das contas é que «a fatura de uma família de quatro pessoas, com um consumo médio de dez metros cúbicos por mês, não supere os 25 euros com tudo incluído» – sendo admitidas oscilações territoriais “de 10 a 15 por cento», sobretudo na fase inicial. Atualmente há uma grande disparidade de preços da água para consumo final, pois ele é decidido pelas câmaras municipais, que gerem sistemas autónomos e têm liberdade na matéria.
De uma forma geral, os municípios e as entidades que tratam das águas «cobram os serviços abaixo do preço real», admite Manuel Frexes, fazendo com que o sector «tenha um défice estimado de 600 milhões de euros por ano» – 10 por cento do qual da AdP, cabendo o restante a todas as outras entidades, nomeadamente autarquias. Dado o défice, o preço médio da água pode aumentar, mas o ex-autarca do Fundão prefere falar de «um caminho de dois sentidos», contrapondo com uma «redução de custos» graças à fusão e racionalização das estruturas do grupo AdP.
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