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Sporting da Mêda “escorregou” em Vila Cortês

Anterior líder perdeu por 3-1 numa partida em que o árbitro assinalou três penáltis

A jogar no seu campo de reduzidas dimensões, o Vila Cortês do Mondego voltou a fazer das suas e travou o Sporting da Mêda, um dos anteriores líderes do Distrital. Nesta partida presenciada por muito público, Paulo Brás acabou por ser protagonista ao assinalar três grandes penalidades contra os visitantes e expulsar dois atletas medenses.

A equipa da casa entrou melhor e, aproveitando uma falha de marcação dos defensores contrários, chegou ao primeiro golo logo aos 9’. Após lançamento longo para a área, Carlitos ainda evitou que Rui Santos marcasse, mas já nada pôde fazer na recarga de Xano. A jogar a favor do vento, a Mêda tentou reagir e, aos 17’, Rogério, de fora da área, atirou em arco para Cláudio sacudir para canto. Volvidos sete minutos, o Vila Cortês poderia ter feito o segundo, só que o jovem avançado Rui Santos, isolado frente a Carlitos, quis driblar o guardião e perdeu tempo de remate. Aos 33’, foi a vez de Ivo tentar a sua sorte de canto directo, aproveitando o vento forte, mas Cláudio voltou a mostrar-se atento. O empate chegou mesmo passados três minutos. Novo canto de Ivo, com a bola a chegar ao segundo poste, onde Camilo, completamente sozinho, cabeceou certeiro sem precisar de saltar.

Na segunda parte, a Mêda pareceu entrar melhor e, aos 54’, Camilo, de livre de fora da área, viu a bola embater num defesa local e quase trair Cláudio. A partir daqui, o Vila Cortês assumiu as rédeas da partida até ao apito final. Aos 57’, Paulo Brás entendeu que houve falta de Fernando e assinalou penálti, num lance que motivou muitos protestos dos medenses e que nos deixou dúvidas. Contudo, chamado a converter, Xano permitiu a defesa a Carlitos. Apesar deste lance, os visitantes continuaram “adormecidos” e, aos 60’, o seu guardião voltou a aplicar-se para negar o golo a Vítor Hugo. Aos 67’, novo penálti e muitas dúvidas. Após livre de Tó Rodrigues para a área, Rui Santos rematou contra Camilo, com o árbitro a entender que o médio visitante cortou a bola com a mão. Desta feita, foi o próprio que se encarregou de marcar, fazendo o 2-1. A Mêda tentou reagir, mas em vão e, aos 78’, ficou com a tarefa ainda mais complicada com a expulsão de Soares após o segundo amarelo.

Já os locais continuaram a dominar os acontecimentos e, aos 83’, ficaram a jogar contra nove, pois Camilo também recebeu ordem de expulsão por protestos. Logo depois, Xano, de livre directo, atirou forte e colocado ao canto inferior esquerdo e estabeleceu o resultado em 3-1. Até ao final, ainda houve tempo para Paulo Brás assinalar novo castigo máximo, a punir um derrube de Ivo a Cláudio Ramos, mas Carlitos defendeu o remate de Gaspar. Rui Nascimento considerou o resultado justo: «Uma equipa que quer ganhar o campeonato e que sente as dificuldades que sentiu não pode depois atribuir culpas seja a quem for. Ganhámos 3-1, falhámos dois penáltis e mais duas ou três oportunidades. Podia ter sido uma goleada histórica», admitiu. Do outro lado, Filipe Martins apontou o dedo a Paulo Brás: «Na segunda parte entrou em cena o árbitro. Marcou-nos três penáltis que valha-nos Deus… Estávamos à espera de encontrar, mais cedo ou mais tarde, uma situação destas para nos mandar abaixo e este foi o campo ideal para isso», denunciou.

Ricardo Cordeiro Camilo e Rui Santos marcaram nesta partida, cuja arbitragem foi bastante criticada pelos visitantes

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